sexta-feira, 27 de novembro de 2009

MAIS DE 60% DAS CRIANÇAS DE ATÉ 5 ANOS TÊM CÁRIE

MAIS DE 60% DAS CRIANÇAS DE ATÉ 5 ANOS TÊM CÁRIE
PORTAL DENTAL PRESS
27/11/2009
Balas, chocolates, salgadinhos... Apesar de frequentes na alimentação da maioria das crianças, é sabido que esses alimentos ricos em sacarose podem provocar as temidas cáries dentárias. O que muitos não sabem, porém, é que a cárie é uma doença infecciosa que pode ser transmitida pelo contato da saliva, seja através do beijo, da tosse, por comer no mesmo talher ou até mesmo no ato da mãe soprar a papinha do bebê
As mães têm papel importantíssimo na prevenção das cáries em crianças de até cinco anos de idade. Logo na sexta semana de vida intrauterina já se inicia a formação dos dentes decíduos (de leite) e a dieta da mãe nesse período influenciará na formação dentária. Após o nascimento do bebê, esse cuidado ainda permanece.
Além dos benefícios imunológicos já conhecidos do leite materno, a amamentação também contribui para a proteção dos dentes que devem começar a surgir na boca por volta dos seis meses de vida do bebê. "A força e os movimentos realizados pela criança durante o ato de sugar o leite da mãe são um excelente exercício para o desenvolvimento ósseo e muscular da face. Estudos apontam que a prevalência da cárie dentária é menor quando há maior duração do período de amamentação, principalmente por conta das chamadas cáries de mamadeira", explica a diretora da Medial Odonto, Cássia Gil.
A partir do sexto mês de vida, são introduzidos outros alimentos na dieta do bebê e os pais devem se atentar em relação
à higiene bucal e qualidade da alimentação dos filhos, pois dados do Ministério da Saúde apontam que 27% das crianças de 18 a 36 meses têm cárie. "Se a criança mostra interesse, mas não apresenta coordenação motora suficiente para fazer a escovação sozinha, deixe que ela comece e você finaliza", ensina Cássia Gil.
A especialista alerta: A cárie pode ser prevenida com uma dieta balanceada, tanto na qualidade como na freqüência dos alimentos ingeridos, e com uma adequada higiene bucal. O consumo exagerado de açúcar pode afetar não só a saúde bucal, mas também a saúde integral, acarretando problemas como diabetes, obesidade, aumento da pressão arterial, labirintite e agravamento das doenças crônicas, entre outros problemas.
A Dra. Cássia Gil dá dicas para escovação e prevenção da cárie em crianças:
Como escovar
· Ao contrário do que muita gente pensa, a melhor posição não é na frente da criança e sim atrás dela, com a cabeça apoiada no corpo do adulto.
· Afaste os lábios e as bochechas com uma mão e escove os dentes com a outra.
· A tendência é sempre escovar somente a parte que se usa para mastigar, mas lembre-se das partes voltadas para a língua e as voltadas para a bochecha.
· A escovação deve ser feita após as principais refeições e a ingestão de doces, sendo a noturna a principal delas.
Outras dicas para prevenir
· Evite dieta rica em açúcar (principalmente na refeição noturna).
· Não adicione açúcar ou achocolatado nas mamadeiras e realize a higiene bucal na criança após a última mamadeira antes de dormir.
· Supervisione a escovação; principalmente nas crianças que ainda não têm coordenação motora para fazer a higiene bucal adequadamente.
· Supervisione a dieta alimentar da criança e opte por lanches mais saudáveis, ricos em nutrientes e fibras, como: frutas, queijos, pipoca, amendoim e balas ou chicletes adoçados com substâncias que substituam o açúcar.
· Incentive a criança a freqüentar o dentista periodicamente.
· Use dentifrícios fluoretados de acordo com a recomendação do dentista.

CRESCE A PROCURA POR APARELHOS ORTODÔNTICOS

CRESCE A PROCURA POR APARELHOS ORTODÔNTICOS
PORTAL DENTAL PRESS
27/11/2009
Sendo a única solução estética de corrigir a posição dos dentes, e conseguir ter aquele sorriso ‘dos sonhos’, a utilização de um aparelho ortodôntico tem sido considerado um ‘boom’ por ortodontistas em Alagoas, especialmente após a facilitação no acesso à utilização deste tipo de serviço. Mesmo cerca de 10 anos depois da abertura dos tratamentos ortodônticos às diversas camadas sociais, dentistas asseguram que esta “moda” continua em alta.
De acordo com o ortodontista George Saldanha, um dos fatores que levaram o tratamento a se tornar mais acessível foi a redução no custo dos materiais utilizados. “Antes, todos os materiais eram importados, e isso tornava tudo mais caro. Hoje há produção de materiais nacionais, que são bem mais baratos, embora tenham qualidade inferior”, esclarece o dentista. Já o que faz tantas pessoas precisarem conviver com este ‘utensílio’, segund
o o especialista, pode ser explicado por vários fatores: “Este mal posicionamento no dente pode ser ocasionado por, desde problemas respiratórios, até alguns vícios, como morder tampa de caneta. Tudo isso prejudica a dentição”.
Saldanha conta que a novidade é o número crescente de clientes adultos. “Antes isso era apenas coisa de jovem. Hoje há uma procura maior por parte dos adultos, que procuram melhorar sua auto-estima. Vemos que muitos deles têm vergonha de sorrir, de falar olhando de frente”, afirma. “Mas é importante lembrar que aparelho não é apenas uma questão estética. Há uma série de particularidades, como a funcionalidade. A melhoria na posição dos dentes torna-os também mais saudáveis”, assinalou.
População tem tido mais acesso aos aparelhos; ferramentas já são fabricadas no Brasil
E é justamente pensando em algumas particularidades, que o ortodontista atenta para alguns cuidados na hora de procurar um tratamento dentário. “Recomendo que conheça o dentista, ou que seja recomendado por um amigo ou alguém que já tenha sido tratado por ele, para que sinta segurança durante todo o processo”, alertou. “Muitas pessoas já chegam ao dentista com a idéia certa de que querem usar aparelho, porque acham bonito e pronto. Vai da ética de cada profissional fazer com que o paciente desista da idéia, caso não seja necessário, ou não seja naquele momento”, exemplifica.
Ao anunciar a um paciente de sua necessidade de utilizar aparelhos, segundo Saldanha, a resposta é quase sempre positiva. ”Muitas pessoas, ao me procurarem para um tratamento, pensam que já irão colocar o aparelho, ficam ansiosos, e até se frustram, quando veem que ainda terão que voltar numa próxima data”, cita o dentista. Esta ansiedade é bastante lembrada pela estudante Amanda Gabriela, que, aos nove anos, descobriu que precisaria utilizar aparelho de dentes.
Amanda diz ter adorado o início do tratamento; tempos depois, confessou que o que mais queria era terminá-lo
“Quando comecei a fazer o tratamento, o aparelho ainda não era usado por muita gente. Era tudo novidade para mim. Eu fiq
uei super empolgada quando soube que teria que usar e, sempre que chegava ao dentista e tinha que fazer alguma outra coisa que não fosse colocar o aparelho, a expectativa era ainda maior”, relatou. No entanto, toda essa ansiedade não durou muito tempo. “Logo quando comecei a usar, vi que não tinha nada de legal e, um mês depois, tudo o que eu queria era tirar”.
Entre todas as dificuldades enfrentadas pela estudante, que exibiu um sorriso metálico por quase cinco anos, a maior delas foi o momento ‘pós-manutenção’. “Eu tinha que ir ao dentista de 15 em 15 dias, e sempre voltava com muita dor de dente, não conseguia mastigar direito e me machucava muito”, recordou. “Uma das coisas legais era a troca de borrachinhas coloridas. Disso sim, eu gostava”, afirmou.
Sarmento explica que problemas respiratórios e até vícios como morder caneta levam pessoas a necessitar do tratamento
Essa reversão de ansiedades, segundo George, é comum entre os pacientes, o que acaba por gerar um outro problema: tratamentos abandonados pela metade. “Muitas pessoas não conseguem ver um resultado rápido e acabam desistindo. Outras vêem os dentes já bem posicionados, acreditam que está tudo bem e querem tirar o aparelho. Isso tudo é muito comum”, revelou. “É um desafio que as pessoas estejam conscientes de que precisam levar o tratamento até o fim para ter um resultado realmente positivo”, orientou.
E foi isso o que, aos trancos e barrancos, Amanda conseguiu. “Foi um alívio. Hoje sinto que o sorriso sai mais leve e até natural. Com certeza, melhora bastante a auto-estima”, garante. Já o ortodontista George Saldanha aconselha a todos os ‘sorrisos metálicos de plantão’ que tenham seriedade e determinação para concluir todo o período necessário de tratamento. “Sempre quando concluído o tratamento com o aparelho fixo, é importante que se utilize o aparelho de contenção para evitar que os dentes voltem a se posicionar de forma errada”.

PRÁTICA DE AUTOMEDICAÇÃO E CASOS DE DOR DE DENTE É COMUM

PRÁTICA DE AUTOMEDICAÇÃO E CASOS DE DOR DE DENTE É COMUM
CAPIXABÃO / AGÊNCIA NOTISA
27/11/2009
Pesquisa realizada no Recife (PE) mostra que a maioria dos farmacêuticos não se preocupa em pedir a prescrição médica, principalmente aqueles com maior tempo de trabalho na área e menor qualificação profissional.
A dor exerce um impacto tão grande em uma pessoa, que, muitas vezes, a leva a se automedicar. Levando em consideração que a dor de dente é uma das mais prevalentes entre a população e também uma das mais incômodas, Flávia Duarte e equipe da Faculdade de Odontologia da Universidade do Estado de Pernambuco resolveram avaliar os fatores associados à automedicação relacionados à dor de dente, de modo a contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população.
Para tanto, os pesquisadores analisaram o nível de conhecimento dos profissionais de farmácias do Recife (PE) sobre a automedicação relacionada à dor de dente. Foram entrevistados 179 profissionais em 120 estabelecimentos visitados. Os dados foram coletados através de questionário. De acordo com artigo publicado na edição de abril de 2008 da revista Ciência & Saúde Coletiva, “em países desenvolvidos, os rígidos controles estabelecidos pelas agências reguladoras e o crescente envolvimento dos farmacêuticos com orientaçã
o dos usuários de medicamentos tornam menos problemática a prática da automedicação. Já no Brasil, de acordo com a Associação Brasileira das Indústrias Farmacêuticas (ABIFARMA), cerca de 80 milhões de pessoas são adeptas da automedicação”.
Os resultados mostram que 67,0% dos entrevistados atenderam pessoas que relataram dor facial nos últimos seis meses, sendo que 91,6% relataram dor de dente. Os especialistas observaram ainda que 83,7% dos homens e 73,3% das mulheres indicaram medicamentos sem prescrição e que os profissionais com 2º grau indicam mais medicamentos sem prescrição para pacientes com dor de dente. “Ficou evidenciado que o tempo de atividade no setor e a formação do profissional são fatores que podem contribuir para o aumento da automedicação, tendo sido demonstrado que quanto maior o tempo de trabalho na área e menor a qualificação profissional, maior o percentual de indicação de medicamentos sem prescrição”, afirmam no artigo.
Segundo os pesquisadores, o impacto da dor de dente na utilização de medicamentos reforça a necessidade de informar a população sobre o uso adequado destes medicamentos. “Este trabalho demonstrou a importância de serem planejadas ações de promoção de saúde bucal que envolvam os profissionais da área de dispensação de medicamentos, pois dado a grande falta de acesso aos serviços odontológicos da população brasileira, principalmente entre os 20% mais pobres e que estão na faixa etária de 20-49 anos, estes profissionais podem se constituir em importantes agentes promotores da saúde bucal”, ressaltam.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

POUCOS PROFISSIONAIS SÃO HABILITADOS EM LASERTERAPIA

PORTAL OPEN

Para ser um profissional habilitado é necessário participar de um curso de 60 horas em instituições credenciadasApós quase um ano de regulamentação das práticas integrativas e complementares à saúde bucal, poucos profissionais estão dentro das exigências do CFO para praticar legalmente a laserterapia.“O profissional que estiver praticando a laserterapia sem a devida habilitação e causar alguma iatrogênia em seu paciente estará incorrendo em uma infração ética perante o CFO e ainda poderá responder criminal e civilmente por este ato, pois não tinha conhecimento nem habilitação para tal. É como dirigir sem estar devidamente habilitado”, argumenta Fabiano de Mello, doutor em Dentística pela Universidade de São Paulo (USP).Para ser um profissional habilitado é necessário participar de um curso de 60 horas em instituições credenciadas pelo próprio órgão de classe.

ENXAGUATÓRIO BUCAL INCORPORA AÇÃO DO ALECRIM-DO-CAMPO

PORTAL OPEN

As propriedades anti-microbianas do alecrim-do-campo estão presentes em um novo enxaguatório bucal desenvolvido na Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP. O produto, em fase de registro de patente, já foi aprovado em testes clínicos que mostraram sua eficácia no controle do biofilme dental bacteriano, ajudando a evitar cáries.A base do produto são o extrato e o óleo essencial das folhas da planta Baccharis dracunculifolia, mais conhecida como alecrim-do-campo ou vassoura. “Já era conhecida a atividade anti-microbiana do extrato frente aos fatores cariogênicos de Streptococcus mutans, um dos principais microorganismos responsáveis pela formação da cárie”, conta o farmacêutico Mateus Freire Leite, responsável pela pesquisa. “O objetivo do estudo era desenvolver uma formulação de enxaguatório bucal que pudesse veicular o extrato”.No trabalho, verificou-se que o extrato de alecrim-do-campo era pouco solúvel em água, inviabilizando, assim, a obtenção de uma solução aquosa simples. “Por isso, foi desenvolvido um sistema microemulsionado, no qual o óleo e o extrato foram dispersos no meio aquoso e estabilizados com uma mistura de tensoativo e co-tensoativo, gerando partículas de poucos nanômetros de diâmetro”.EficiênciaO extrato e o óleo foram associados ao fluoreto de sódio, substância utilizada como fonte de íons fluoreto com ação preventiva na formação da cárie dentária, além de outros componentes, para obtenção do enxaguatório bucal. “Os testes apontaram boa atividade antimicrobiana e baixa toxicidade”, destaca Leite. “Este produto é desprovido de propriedades de manchamento dos dentes, sendo clinicamente aceitável”.A pesquisa de doutorado do farmacêutico teve orientação do professor Augusto César Cropanese Spadaro, da FCFRP. “O grupo de pesquisa do professor já havia atestado, em um trabalho anterior, a atividade anti-cariogênica do extrato de alecrim-do-campo, comparando-a com a ação anti-microbiana da própolis verde, uma vez que a Baccharis dracunculifolia é uma das principais fontes botânicas da própolis verde produzida no Sudeste do Brasil”, relata o pesquisador.A formulação também passou por testes clínicos na Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (FORP) da USP, onde foi avaliado em seres humanos e comparado com outras duas marcas de enxaguatório existentes no mercado. “O produto mostrou ser eficiente”, diz o pesquisador. “Ele possui uma coloração esverdeada, de clorofila, e o aroma lembra o do alecrim”. Os testes clínicos foram realizados pelo grupo de pesquisa do professor Vinícius Pedrazzi, da FORP.De acordo com o farmacêutico, o produto já teve a patente requerida junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). “É uma tecnologia que está apta a ser transferida à qualquer empresa que tenha interesse em colocar o produto no mercado”, salienta.Mais informações: mateusfl@uol.com.br

ODONTOLOGIA NA TV VAI AO AR NO CANAL 6, DA NET (TVC)

JORNAL DO SITE ODONTO

O Programa Odontologia na TV, viabilizado pelo Conselho Regional de Odontologia do Rio de Janeiro (CRO-RJ) em parceria com a ABO/RJ, aborda além de diversos assuntos ligados à Odontologia, outros temas de interesse dos profissionais da área de saúde e da população em geral.Por meio de entrevistas, profissionais da Odontologia discutem assuntos como materiais usados nos tratamentos dentários, técnicas avançadas, novos equipamentos; projetos de lei e perspectivas para o futuro da profissão.O TV Odonto é apresentado todas às sextas-feiras, das 9h30 às 10h30 no canal 6, da Net (TVC), e reprisado aos sábados, às 16 horas, e, também pode ser assistido ao vivo pela internet, no do site da emissora TVC (www.tvcrio.org.br). A programação da semana pode ser conferida no site www.tvodonto.com.As dúvidas dos telespectadores podem ser enviadas por cartas para a Rua Joaquim Silva, 56 - 9º andar, CEP 20241-110 – Lapa, Rio de Janeiro (RJ).Sugestões sobre temas podem ser feitas pelos telefones (+21)3681-7664/9972-7922.

ESTÉTICA EM PRÓTESE SOBRE IMPLANTE É TEMA DE PALESTRA GRATUITA DO SENAC

JORNAL DO SITE ODONTO

O Centro Universitário Senac realiza, às 19 horas da próxima terça-feira (1º/12), no auditório da unidade Tiradentes (Av. Tiradentes, 822, Luz), a palestra Estética em Prótese sobre Implante – Protocolo Clínico, ministrada pelos cirurgiões-dentistas Oswaldo Scopin de Andrade e Sérgio Siqueira. A inscrição é gratuita e pode ser feita no site www.sp.senac.br/odonto.O palestrante Oswaldo Scopin de Andrade é doutor em Clínica Odontológica com ênfase em Prótese Dental pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e clinical fellow em Odontologia Restauradora pela Universidade de Nova York; Sérgio Siqueira é mestre em Implantodontia, pela Universidade de Santo Amaro (Unisa) e especialista em Periodontia pela Universidade Estadual Paulista (Unesp).A palestra marca o lançamento da especialização em Prótese Dentária do Centro Universitário Senac. Os participantes também poderão obter informações sobre os outros cursos de pós-graduação que a instituição oferece na área, como Implantodontia, Ortodontia, Periodontia, Endodontia e Odontologia Estética. As inscrições para pós-graduação estão abertas até o próximo dia 24 de fevereiro.Mais informações: (+11) 3336.2071/2073

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

BRUXIMOS E REFLUXO SÃO COMUNS EM PESSOAS COM APNÉIA DO SONO, INDICA ESTUDO

clique
UOL
02 de novembro de 2009 (Bibliomed). Há uma alta prevalência de bruxismo e de refluxo gastroesofágico entre os pacientes com apneia obstrutiva do sono, segundo estudo apresentado em novembro no CHEST 2009 – Assembleia Científica Internacional do American College of Chest Physicians. Realizado pelo Baylor College of Medicine, nos EUA, o levantamento indicou que cerca de um em quatro pacientes com apneia sofre de bruxismo – condição marcada pelo "ranger de dentes noturno" e que afeta cerca de 8% da população americana –, e que 35% deles têm refluxo.Para investigar a prevalência de bruxismo e de refluxo gastroesofágico, os pesquisadores avaliaram 150 homens e 150 mulheres com apneia – cada grupo com 50 caucasianos, 50 afroamericanos e 50 hispânicos. E os resultados mostraram que 25,6% dos pacientes apresentavam ranger de dentes, enquanto 35% reclamavam de pirose noturna e sintomas de refluxo. Avaliando a influência do gênero e da etnia na relação entre bruxismo, refluxo e apneia, os especialistas notaram que o ranger de dentes era mais comum nos homens (43%, contra 31% das mulheres) e nos caucasianos (35%, contra 19% dos hispânicos). O refluxo gastroesofágico, por sua vez, foi mais comum nos afro-americanos (40%, contra 31% dos hispânicos e 34% dos caucasianos)."Distúrbios do sono como a apneia podem levar a muitas condições de saúde secundárias", revelou a médica Kalpalatha Guntupalli, presidente do American College of Chest Physicians. "Ao tratar a apneia do sono, os médicos devem também reconhecer e abordar as condições de saúde secundárias, como o bruxismo, com o objetivo de controlar completamente o distúrbio de sono de um paciente", complementou.Associação entre bruxismo e apneiaSegundo o pesquisador Shyam Subramanian, líder do estudo, a relação entre apneia obstrutiva do sono e bruxismo noturno está normalmente associada a uma resposta a um estímulo. "O fim de um evento apneico pode ser acompanhado de numerosos fenômenos na boca, como ronco, respiração ofegante, resmungos e ranger de dentes", explicou o especialista. "Homens, tipicamente, têm apneia do sono mais severa, e talvez possam ter mais respostas ao estímulo, o que poderia explicar a mais alta prevalência de ranger de dentes em homens. Além disso, os homens tendem a relatar mais sintomas de apneia do que as mulheres, como roncos, grunhidos e apneia presenciada".Outros fatores que poderiam explicar a relação entre as duas condições seria a ansiedade e o consumo de cafeína. "Altos níveis de ansiedade podem levar ao bruxismo, e a apneia do sono não-tratada é reconhecida como causa de distúrbios de humor, incluindo depressão e ansiedade", ressaltou o especialista. Além disso, segundo ele, "a sonolência diurna da apneia do sono pode fazer com que uma pessoa ingira cafeína, e isso está também associado com alto risco de bruxismo".Fonte: CHEST 2009 - 75th annual international scientific assembly of the American College of Chest Physicians. Press release. 02 de novembro de 2009.

TRAUMA DENTAL PODE CAUSAR ATÉ A PERDA DO DENTE

MAXPRESS / GREAT ASSESSORIA

Bater a região bucal bruscamente! Fato comum na infância causado pelos tombos inesperados e, também, frequente na adolescência e na fase adulta devido aos acidentes domésticos, automobilísticos e esportivos, o ato de receber uma forte "pancada" na região bucal pode representar mais do que um simples susto, pode acometer os dentes, o osso que os sustentam e os tecidos gengivais. Resultado: um traumatismo dental. Em um trauma os dentes envolvidos podem ser quebrados, machucados ou até sofrer avulsão (serem arrancados). "As consequências dependerão do tipo de intensidade do trauma dental. Pode ocorrer desde uma mobilidade dentária, ou seja, uma mudança na posição do dente na arcada dentária, alteração na cor do dente afetado, sensibilidade na hora da mastigação e até a perda do dente com a forte pancada, comprometendo a estética e a saúde bucal. No caso das crianças, pode acontecer a queda antecipada do dente de leite e gerar transtornos no desenvolvimento do dente permante", revela o dentista Sidnei Goldmann, especialista em implantondontia.Cada tipo de traumatismo requer um cuidado específico. "No caso da mobilidade dental será necessário fixar o dente, nos seus vizinhos, através de uma contenção. Para a mudança de cor do dente, um tratamento de canal se faz necessário, pois quase sempre há perda de vitalidade. No entanto, nos dentes de leite, uma mudança de cor dificilmente representa perda de vitalidade e, em muitos casos, a cor retorna ao seu normal", explica Godmann.No caso de avulsão do dente permanente (em que o dente foi arrancado) o dentista Sidnei Goldmann adverte que o cuidado deve ser redobrado para que não ocorra a sua perda. "Deve-se pegar o dente caído pela coroa e, dependendo do seu grau de contaminação, recolocá-lo no seu lugar, antes mesmo de procurar o dentista. Entretanto, se não for possível recolocá-lo em posição, colocar o dente, preferencialmente, em leite, em água, saliva ou soro fisiológico e procurar imediatamente o dentista. E, quando ocorrer a avulsão do dente de leite o procedimento será diferente do dente permanente: não é indicada a colocação deste de volta no lugar devido à probabilidade de sucesso ser mínima e as chances de dano ao dente permanente serem altas, pois pode atrapalhar o desenvolvimento do novo dente", ensina o especialista.O traumatismo dental é uma lesão que prejudica bastante a saúde bucal tanto da criança, do adolescente, quanto do adulto. "Por exemplo: a criança e o adolescente (até 18 anos) que tem o seu dente arrancado por uma pancada terá grandes possibilidades de ter a sua arcada dentária prejudicada, pois o espaço aberto será preenchido pelos dentes vizinhos. O recomendado: usar uma prótese para evitar essa movimentação da arcada. A estética também é outro fator que fica muito comprometido. E, hoje, os implantes dentais conseguem corrigir essa imperfeição gerada pelo trauma dental com sucesso. Entretanto, o mais importante é: cuidar para não ter sequelas bucais no futuro", finaliza Goldmann.

ESTRESSE PODE CAUSAR DISFUNÇÃO ORAL - BRUXISMO

TAL PRESS / UOL

Correr contra o tempo! Hoje, é o ditado mais utilizado no dia-a-dia das pessoas. Reuniões, trânsito e excesso de responsabilidade são fatores presentes e que resultam em falta de tempo, conseqüentemente, em estresse. No entanto, a agitação decorrente de pressões diárias pode gerar um hábito parafuncional de ranger os dentes involuntariamente bruxismo.As causas do ato inconsciente de apertar ou ranger os dentes, normalmente, estão relacionados a fatores psicológicos como tensão emocional, agressão reprimida, ansiedade, raiva, medo, frustrações, estresse emocional e físico e também o mau posicionamento dental.Dores de cabeça e mandibulares são os principais sintomas desse distúrbio que pode se manifestar durante o dia ou noite, geralmente, durante o sono. No entanto, também pode acarretar outros tipos de problemas, como o desgaste dental em que os dentes podem ficar soltos, destruição e sangramento do tecido da gengiva. O bruxismo pode ser pertinente em todas as faixas etárias e em ambos os sexos. O tratamento mais utilizado é o uso de uma placa estabilizadora de resinaacrílica que protege os dentes, alivia o sistema mastigatório durante as crises de ranger os dentes além, é claro, de reduzir a atividade elétrica muscular causadora da tensão dos músculos mastigatório. Mas, essa disfunção oral não é congênita.Hoje, crianças com excesso de atividades e que passaram por problemas psicológicos (traumas, brigas de famílias ou quando são muito cobradas pela sociedade ou pelos familiares) tem muita possibilidade de desenvolver o bruxismo.

ESTUDO MOSTRA QUE 70% DAS GESTANTES TÊM DOENÇAS BUCAIS

JORNAL DO SITE ODONTO

Mais de 70% das gestantes apresentam problemas bucais durante a gravidez, mas só 34% delas passam por consultas odontológicas no período. É o que aponta um estudo realizado em São José do Rio Preto, em São Paulo.O trabalho foi realizado para a Associação Paulista dos Cirurgiões-Dentistas, regional Araraquara. Foram envolvidas 372 gestantes que faziam acompanhamento pré-natal no SUS e em clínicas privadas da cidade.Segundo a CD Ana Rosa Kuymjian Albieri, autora da pesquisa, o problema bucal mais comum foi sangramento da gengiva. Apesar de 29% das entrevistadas terem declarado que têm medo de que a consulta odontológica possa causar danos ao feto, metade disse acreditar que problemas dentários na gravidez podem ser prejudiciais ao bebê. Pesquisas mostram que inflamações na gengiva estão associadas ao maior risco de partos prematuros. O levantamento constatou que menos da metade das gestantes foi orientada pelo médico a procurar o consultório de um cirurgião-dentista.Dados indicam que por falta de informação as gestantes não ficam sabendo que diversos cuidados são tomados no tratamento odontológico de gestantes, tornando-o seguro, como adiar o tratamento curativo para o segundo semestre da gestação, o uso de anestesias específicas, sem substâncias vasoconstritoras e, no caso de raio-X ser indispensável, o uso de avental de chumbo, protetor de tireóide e filmes rápidos.

PESQUISA: RELAÇÃO ENTRE PROBLEMAS BUCAIS E AUMENTOS DE DOENÇAS DO CORAÇÃO

JORNAL DO SITE ODONTO

Um grupo de pesquisadores brasileiros investigou mais recentemente a relação entre a doença periodontal e as doenças cardiovasculares. Os resultados demonstraram claramente a correlação entre a periodontite e o aumento no risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como a aterosclerose.Segundo os pesquisadores, em particular, pacientes saudáveis sistematicamente, mas com periodontite, apresentaram maior quantidade da lipoproteína de baixa densidade (LDL) - popularmente denominada “colesterol ruim” -, modificada em relação àqueles sem periodontite.A experiência do Instituto do Milênio de Fluidos Complexos, o atual Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Fluidos Complexos (INCT-FCx), produziu resultados concretos que poderão ter impactos tanto na prevenção quanto no tratamento da aterosclerose no Brasil.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

SAÚDE BUCAL X ESTÉTICA - A BELEZA COMEÇA NA BOCA

GUIA DENTAL

Antes um tratamento pragmático, que atingia em sua maioria jovens e adolescentes, a ortodontia é um campo da odontologia que viu seu mercado crescer nas últimas duas décadas com a busca das pessoas pela beleza. Atualmente, os adultos procuram as clínicas ortodônticas não apenas para corrigir a má-posição dentária ou o posicionamento inadequado das bases ósseas, mas também para fins estéticos, com o objetivo de construir um sorriso mais bonito e harmonizar os traços da face.Para a ortodontista Renata Feres, da Feres Ortodontia, este fenômeno é conseqüência da preocupação com a aparência somada à modernização dos tratamentos, que são mais confortáveis e práticos. “A face é uma região que sofre diversas mudanças com a idade, a partir dos 40 anos a sustentação das bochechas e lábios se altera. Além disso, pode haver modificação na posição dos dentes. Estes procedimentos são menos invasivos e, esteticamente, mais bonitos para o paciente”, explica.A Odontologia Estética teve um aumento significativo no Brasil nos anos 90, resultado da alta demanda por tratamentos que aliem a saúde bucal com a melhoria da aparência. A estética do sorriso vem ganhando espaço nos consultórios e impulsionou a realização de estudos para definir novos parâmetros de tratamentos. Segundo Renata, técnicas recentes designaram esta abordagem como um “lift” ortodôntico. “O tratamento visa expandir as arcadas aumentando a exposição dos dentes e o suporte dos lábios e bochechas. No final, o paciente apresenta um sorriso mais cheio, contorno das bochechas mais suave, redução dos espaços negros e dentes bem alinhados. Isso denota um aspecto de jovialidade e equilíbrio facial”, diz. A harmonia das linhas do rosto destaca as características físicas e se aproxima da beleza ideal da pessoa.Apesar dos benefícios, algumas pessoas ainda resistem ao tratamento baseadas na idéia de utilizar os tradicionais aparelhos fixos em tom prateado. Os braquetes cerâmicos (chamados estéticos) acabaram por suprir essa demanda, são mais discretos, permitindo que os adultos evitem o sorriso metálico. O sorriso compõe a personalidade da pessoa, por isso diversos recursos são aplicados para corrigir e adequá-lo ao contorno facial. Outros procedimentos complementam o tratamento ortodôntico e, cada vez mais, o ramo da estética atua integrado com diferentes áreas da odontologia como, por exemplo, a periodontia (cuidados com a gengiva) e a odontologia cosmética. Mais informações (41) 3233-5159 ou www.feresortodontia.com.br

SENSIBILIDADE NOS DENTES ATINGE 25% DAS PESSOAS


PORTAL DENTAL PRESS / UOL

A pessoa não nasce com sensibilidade dentária. Trata-se de um problema que afeta 25% da população adulta, ou seja, um em cada quatro adultos manifesta o problema. Muitas pessoas relatam uma dor de dente na região próxima à gengiva, local que chamamos colo do dente.Na sensibilidade dental, ocorre a exposição da raiz dos dentes na área do colo, devido à retração gengival. Essa retração acontece por problemas periodontais, como inflamações na gengiva, por ingestão de alimentos ácidos, como frutas e bebidas gasosas ou por forte fricção da escova de cerdas duras sobre o tecido da gengiva, o que chamamos de escovação excessiva.Má higiene oral, acúmulo de tártaro, uso abusivo de substâncias clareadoras, mordida errada ou o hábito de ranger os dentes (bruxismo) também podem desencadear a sensibilidade nos dentes. Outras causas que levam a sensibilidade são: cáries, desgastes na superfície dos dentes, próteses dentárias e aparelhos ortodônticos e dentes fraturados, mesmo não estando cariados.

HOMENS SÃO MAIS PROPENSOS A CÂNCER ORAL


PORTAL DENTAL PRESS

Os dentistas são popularmente conhecidos como os profissionais de saúde procurados somente em situações de emergência e dor. Só que essa negligência pode ter resultados graves, inclusive aumentar os riscos de câncer oral. A doença atinge 270 mil pessoas por ano e representa 7% do total de novos casos de câncer em todo o mundo. E atinge fumantes e não-fumantes, como provam estudos científicos.Na América do Sul, o Brasil é o país com os maiores índices de câncer oral em homens. Na capital paulista, ocorrem 25,3 casos para cada 100 mil homens contra 4,9 para cada 100 mil mulheres. Artigo publicado recentemente na Revista de Saúde Pública aponta o fumo e o álcool como importantes fatores de risco para a doença.Mas, há especialistas que discordam. "Não importa se a pessoa não fuma nem consome bebidas alcoólicas. O grande vilão do câncer bucal, com exceção dos fatores genéticos, é a higiene, falta de acompanhamento e próteses mal adaptadas", diz o cirurgião-dentista Marcelo Rezende, diretor da clínica Smiling Dental Care e membro da Sociedade Brasileira de Odontologia Estética.Falta de higieneRezende afirma que o problema dos fumantes é que muitos adiam a escovação após as refeições por saberem que ainda vão fumar e tomar um cafezinho. Mas nada comprova que os não-fumantes deixam a mesa de refeições e vão diretamente para o toalete escovar os dentes."Um dos indícios de que a pessoa precisa cuidar mais dos dentes e buscar bons tratamentos odontológicos é o sangramento da gengiva. Esse quadro pode indicar gengivite, que é uma inflamação causada pela placa bacteriana, ou mesmo periodontite, que é a infecção que destrói as estruturas de sustentação dos dentes. Isso é um problema que, se não tratado, pode se estender e piorar o quadro".CuidadosSegundo o especialista, medidas preventivas, como visitas periódicas ao dentista e a adoção de uma boa higiene bucal apropriada reduzem significativamente as chances não só de a pessoa ter câncer oral, mas diversas outras doenças."Usar corretamente o fio dental, usar escovas de dentes com cerdas macias, escovar a língua e fazer bochechos com flúor uma vez ao dia são medidas bastante eficazes para garantir a saúde bucal. O que faz mal à nossa boca são as bactérias e os restos de alimentos que permanecem entre os dentes, às vezes, por horas", alerta Rezende.

LASER AJUDA A COMBATER MAU HÁLITO

JORNAL DO SITE ODONTO

Um estudo realizado por cientistas do Hospital Meir, do Centro Médico Safir, em Israel, concluiu que o tratamento à base de laser pode ajudar a combater o mau hálito. A descoberta é para os casos em que o mau hálito persiste mesmo com uma boa higiene bucal. Nesses casos, o hálito ruim é atribuído às amígdalas.Os pesquisadores analisaram 53 pacientes que tiveram suas amígdalas tratadas por 15 minutos com laser. O tratamento foi considerado bem sucedido pelos cientistas. O estudo concluiu que todos os pacientes que participaram da pesquisa tinham mau hálito devido ao mau cheiro das amígdalas e não por problemas dentários ou na gengiva. Todos os pacientes foram tratados com laser por apenas uma sessão de 15 minutos e foram examinados novamente após seis semanas para uma avaliação. Dos 53 pacientes, 28 ficaram curados com apenas uma sessão. Os outros foram submetidos a uma ou duas sessões a mais, de acordo com os pesquisadores.Segundo o consultor da Associação Dentária Americana (ADA), Richard Price, o procedimento com laser pode ser útil como uma última alternativa, mas que as amígdalas são responsáveis por apenas cerca de 6% dos problemas de halitoses.O estudo foi publicado na revista New Scientist

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

ESSÊNCIAS FLORAIS PODEM SER USADAS DURANTE TRATAMENTOS DENTÁRIOS

PORTAL DENTAL PRESS
As essências florais são usadas com as mais diversas finalidades: cura da ansiedade, de traumas, a recuperação do equilíbrio emocional, dentre tantas outras aplicações. A novidade é que, os florais também poderão ser usados por dentistas durante o tratamento de seus pacientes. O Conselho Federal de Odontologia aprovou o uso dos florais, assim como da acupuntura, homeopatia, hipnose e fitoterapia, por esses profissionais, desde que façam cursos para administrarem essas terapias.Para a psicóloga Luciane Gerodetti, empreendedora e criadora das Essências Florais da Chapada Diamantina, os florais podem ser usados para amenizar quadros de pânico, fobia e ansiedade ligados aos tratamentos dentários. "O paciente poderá começar a usar os florais alguns dias antes ou ir tomando algumas gotas durante o tratamento na cadeira, por exemplo", diz Luciane. No caso de cirurgias ou tratamentos mais extensos, o paciente pode levar o floral para casa e continuar tomando, para que a recuperação seja mais rápida.Luciane ressalta que esse aval do Conselho Federal de Odontologia para o uso da terapia floral pelos dentistas significa o reconhecimento do tratamento. "Fico muito feliz com esse progresso, pois tira os florais do misticismo e dão a eles a legitimidade que merecem".Florais ajudam a fortalecer o ambienteOs dentistas também podem usar o floral em forma de spray pelo ambiente. "Isso ajuda a dissolver memórias estressantes ligadas a experiências ruins, contribui para o fortalecimento do ambiente e traz tranqüilidade para quem está ali", afirma a psicóloga e especialista em florais.O uso da terapia floral, entretanto, exige que o profissional esteja preparado para administrá-la. Luciane explica: "Em primeiro lugar, ele deve aceitar o fato de que, embora ele seja um bom profissional, algumas pessoas se sentem desconfortáveis e aflitas diante de alguns tratamentos, e que aliviar isso só trará benefícios para os dois lados". Luciane recomenda que os dentistas realizem cursos, participem de workshops e leiam muito sobre o assunto para entender melhor a filosofia e a forma de ação dos florais, além de experimentarem as gotinhas, pois desta maneira o profissional sentirá seus reais efeitos e terá mais segurança para indicar o tratamento. Outra opção é o dentista estabelecer parcerias com terapeutas florais, que já possuem conhecimento sobre o tema.

A MULHER E A SAÚDE BUCAL

Uma perfeita saúde bucal dos membros da família, depende grandemente da atuação da mulherDa menstruação à menopausa, passando pela gestação e a amamentação, a saúde bucal das mulheres passa por diferentes ciclos e exige cuidados diversos.Mesmo com os movimentos de emancipação feminina, iniciados após a segunda guerra mundial e acelerados após a introdução da pílula anticoncepcional nos anos sessenta, a mulher brasileira ainda responde por quase todo o trabalho doméstico, pois estudo recente do IBGE indica que pouco mais de 50% dos homens declararam cuidar ou ajudar nos afazeres domésticos contra um índice de 90% das mulheres.A mulher, além de atuar na manutenção da casa, é igualmente responsável pela escolha e preparação dos alimentos que são consumidos pela família, sendo uma autêntica provedora da saúde bucal do seu núcleo familiar.Já que a principal função dos dentes é a mastigação, os cuidados com a saúde bucal são de grande importância para uma correta alimentação dos membros da família. O consumo de açúcar, por exemplo, contribui para o aparecimento de cáries e este alerta vale também para alimentos de baixo valor nutricional ricos em açúcares escondidos, como salgadinhos, ketchup, refrigerantes e sucos de frutas industrializados e frequentemente consumidos pelas crianças.A saúde bucal começa na barriguinha da futura mamãeDurante o período de gravidez, a mulher tem importante papel na formação do bebê, já que a partir do quarto mês de gestação, por exemplo, começam a se formar as papilas gustativas da criança. Assim, a alimentação da mãe durante esse período exercerá grande influência na preferência do filho por determinados tipos de alimento e, por isso, a gestante deve evitar o consumo de doces, o que também evitará o surgimento de cáries em si própria, estimulando-se por outro lado o consumo de frutas, verduras e legumes.Ocupada em cuidar da saúde da família, muitas vezes sendo a responsável pela ida dos filhos e do próprio marido às consultas médicas e odontológicas, a mulher acaba com frequência descuidando de sua própria saúde, deixando de levar em conta que ela tem necessidades diferenciadas durante as várias fases da vida, seja pelas mudanças hormonais que ocorrem na puberdade seguidas pela menarca ou primeira menstruação e, mais tarde, pela gravidez e a menopausa, sendo indicado o uso de fio dental diariamente para evitar a gengivite.Estudo realizado pela Academia Americana de Periodontia relaciona também outras especificidades da saúde bucal feminina durante a vida da mulher. Por exemplo: antes da menstruação, é comum a gengiva inchar e sangrar e algumas mulheres têm também aftas ou inflamações da mucosa bucalA inflamação da gengiva é também um dos efeitos colaterais mais comuns dos contraceptivos orais. Na menopausa, além de gengivite, acontecem ainda alterações do paladar e secura bucal, havendo habitualmente relação entre a osteoporose e a perda óssea nos maxilares, o que conduz à perda de dentes devido à diminuição da densidade dos ossos onde eles estão inseridos.Como se vê, além das consultas semestrais ao dentista para acompanhamento do quadro clínico, uma perfeita saúde bucal dos membros da família, no quadro ainda patriarcal da sociedade brasileira, depende grandemente da atuação da mulher, esta figura abnegada que cumpre quase sempre uma dupla ou tripla jornada de trabalho, no lar e fora dele.(*) Cícero Lascala é mestre e doutor em Diagnóstico Bucal pela USP - Universidade de São Paulo e especialista em periodontia, ortodontia e ortopedia facial - E-mail: celascala@ajato.com.br
IOGURTE NATURAL COMBATE MAU HÁLITO

PORTAL DENTAL PRESS
Iogurtes sem açúcar podem ajudar a acabar com o mau hálito, cáries e problemas na gengiva, conforme um estudo que cientistas japoneses apresentaram num encontro da Associação Internacional para Pesquisa Dental.De acordo com a pesquisa, tomar iogurte reduz os níveis de gás sulfídrico, uma das principais causas do mau hálito, em 80% dos voluntários.A redução do mau hálito seria causada por bactérias ativas no iogurte, especificamente Lactobacillus bulgaricus e Streptococcus thermiphilus.Os 24 voluntários que participaram do estudo receberam instruções rigorosas sobre higiene oral, dieta e ingestão de remédios.Dentistas recomendam escovar os dentes 2 vezes por dia e usar fio dental.BactériasEles passaram duas semanas evitando iogurtes e comidas semelhantes, como queijo.Os pesquisadores, então, retiraram saliva e amostras das línguas dos voluntários para medir os níveis de bactérias e componentes que causam odor, incluindo o gás sulfídrico.Depois, os voluntários tomaram 90 gramas de iogurte por dia durante seis semanas e tiveram mais amostras recolhidas pelos pesquisadores. Eles descobriram que os níveis de gás sulfídrico tinham diminuído em 80% dos participantes. Os níveis de placa e de gengivite também ficaram significativamente mais baixos."O consumo freqüente de comidas com altos níveis de açúcar é a principal causa de cáries, que podem causar muita dor e desconforto", disse Nigel Carter, presidente da Fundação Britânica de Saúde Dental. Embora essa pesquisa ainda esteja nos estágios iniciais, não há dúvidas de que iogurtes sem açúcar são uma alternativa muito mais saudável a chocolates e doces. Nós encorajamos as pessoas a incorporá-los a suas dietas", afirmou.Uma em cada quatro pessoas sofre de mau hálito regularmente, e 19 em cada 20 são afetadas por doenças da gengiva em algum momento de suas vidas.Carter enfatizou, porém, que a melhor maneira de combater o mau hálito é adotar uma rotina de cuidados com a saúde oral. Isso significa escovar os dentes duas vezes por dia com cremes dentais que contenham flúor, usar fio dental e visitar o dentista regularmente.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

ATÉ QUE PONTO OS REFRIGERANTES INFLUENCIAM NA SAÚDE BUCAL?

DENTISTRY
Especialista afirma que o acidulante presente nos refrigerantes é o responsável pela erosão dental, já a alta quantidade de açúcar pode ser a causa potencial de cáries dentáriasGrande parte das crianças e adolescentes adora refrigerantes. Até mesmo os adultos gostam de ter a bebida como acompanhamento das refeições ou para se refrescarem. Mas até que ponto os componentes do refrigerante podem influenciar na saúde bucal?Esta é uma questão que tem gerado dúvidas e incertezas para muitos. "Dependendo da freqüência de seu consumo, o refrigerante pode gerar perdas, às vezes, irreversíveis nos tecidos que compõe o dente", explica Dra. Vivian Farfel (CRO-SP 59.111), especialista em Odontopediatria, Ortodontia e Ortopedia Facial pela Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (USP).O refrigerante é composto, geralmente, por cafeína, corantes, conservantes, um acidulante - geralmente representado pelo ácido fosfórico - e grande quantidade de açúcar, ou nas versões diet, light e zero, por adoçantes artificiais. "O acidulante presente nos refrigerantes é o responsável pela erosão dental, já a alta quantidade de açúcar pode ser a causa potencial de cáries dentárias, caso medidas preventivas adequadas não sejam tomadas", alerta Dra. Vivian.Erosão dentalA erosão do esmalte, que é uma forma de desgaste pode ser causada pelos acidulantes presentes em alimentos e bebidas, ou provenientes do estômago. "Para a saúde bucal, essa erosão pode ser tão desastrosa quanto o aparecimento da cárie, porque gera sensibilidade e má aparência", completa Dra. Vivian.Estudos sobre o efeito erosivo do refrigerante têm mostrado que os danos que podem causar aos dentes dependem de algumas circunstâncias como: teor de ácido das bebidas consumidas, freqüência de ingestão, hábitos alimentares, práticas de higiene oral e também quantidade e composição da saliva.Cuidado também com o refrigerante sem açúcarAs bactérias, presentes na boca, quando consomem açúcar, produzem ácidos que, em contato com os dentes, levam a perda de minerais e càries (formação de cavidades no dente). Então, cabe aqui a pergunta: refrigerantes sem açúcar não causam cáries?"Vale lembrar que refrigerantes sem açúcar tendem a ser menos prejudiciais à saúde bucal, porém estes possuem altas concentrações de carboidratos fermentáveis, que também apresentam potencial cariogênico. Alem disto, excesso de ingestão de adoçantes artificiais, não é indicado", esclarece a especialista."O melhor conselho é a redução do consumo geral de refrigerantes, substituindo-os por outras bebidas que contenham menos açúcar e acidulantes, como leite, água e alguns sucos de frutas naturais. Restrinja o consumo de refrigerante somente aos finais de semana e, após consumi-lo, enxágüe a boca com água para neutralizar a ação dos ácidos da bebida. Lembre-se de visitar periodicamente o dentista, que irá identificar a cárie e o processo erosivo no início de sua formação e agir antes que essas doenças se instalem", finaliza Dra. Vivian.Dra. Vivian Farfel (CRO-SP 59.111)Especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial pela Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (USP). Especialista em Odontopediatria pela Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (USP). Atuação em traumatologia dental infantil junto ao Centro de Pesquisa e Atendimento de Traumatismo em Dentes Decíduos da Disciplina de odontopediatria na USP. É autora de trabalhos científicos publicados em jornais e revistas do segmento, bem como apresentados em congressos nacionais e internacionais.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

DIETA ALIMENTAR E SAÚDE BUCAL

GUIA DENTAL
“Você é o que você come”. Esta é afirmação que vem sendo difundida nesta época onde as dietas, que restringem a ingestão de diferentes tipos de alimentos, alteram as refeições. Certamente, uma boa nutrição contribui para uma saúde perfeita e equilibrada – inclusive a dos dentes.“Hoje, a maior parte de informações na área odontológica, aponta para técnicas de clareamento, facetas de porcelana, aparelhos ortodônticos transparentes, e pouco se ouve falar dos alimentos que têm o potencial de destruir tudo o que citamos acima e também os dentes naturais, visto que o ambiente da cavidade oral é contaminado e suscetível a transformações quando na presença de determinados alimentos”, explica Dra. Vivian Farfel (CRO-SP 59.111), especialista em Odontopediatria e em Ortodontia e Ortopedia Facial pela Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (USP).Para esclarecer as principais dúvidas que envolvem a questão da dieta alimentar e a saúde bucal, entrevistamos a Dra. Vivian Farfel. Acompanhe.1- A dieta pode ocasionar mau hálito? Por quê?Sim. De acordo com a Associação Brasileira de Estudos e Pesquisas dos Odores da Boca, a halitose é um problema que atinge cerca de 30% da população. O mau hálito (halitose) é a liberação de odores desagradáveis provenientes da boca. Embora, não seja uma doença, o mau hálito é a conseqüência de uma alteração em alguma parte do nosso organismo e, portanto, deve ser corretamente diagnosticado e tratado.Há mais de 50 causas possíveis para o mau hálito. Ele pode ser conseqüência de alimentação inadequada e mastigação incorreta, dieta descontrolada, jejum prolongado, má higiene oral e baixo fluxo salivar. Além disso, remédios que induzem à baixa produção de saliva, como antidepressivos, medicamentos contra diabetes, problemas cardíacos e remédios para dormir, são agentes influenciadores. Sessões de radioterapia e quimioterapia, doenças provocadas pela falta de higienização, como gengivite e cárie, e o uso de prótese dental, também podem ser considerados causadores do mau hálito. Outro fator muito comum é a saburra lingual, que é um deposito de bactérias sobre a língua que pode produzir odor ruim.2- Uma restrição alimentar pode afetar a acidez bucal e estimular o aparecimento de caries?Para os dentistas, existem alimentos “adesivos”, “ácidos” e “detergentes”. Esta classificação poderá ajudar na escolha de alimentos para nossa dieta alimentar. Os “alimentos adesivos” tendem a aderir aos dentes e são os responsáveis pela cárie. É um grupo composto por biscoitos, bolachas, doces e balas.Em relação aos alimentos ácidos como abacaxi, laranja, limão, kiwi e cítricos, em geral os sucos, bebidas de frutas e refrigerantes favorecem o que chamamos de erosão ácida, que se manifesta sob a forma de “desgaste” da estrutura do dente, na região do dente próximo à gengiva, mesmo na ausência da doença cárie e em bocas bem higienizadas.Já os chamados “alimentos detergentes” eliminam resíduos de outros alimentos que ficam aderidos à superfície dental. Nesta categoria encontram-se as frutas, os legumes e as verduras de modo geral, preferencialmente crus ou cozidos no vapor. Estes alimentos necessitam de um maior tempo de mastigação, o que promove uma autolimpeza pelo atrito do alimento com o dente. Além disso, fornecem ao organismo muitos nutrientes essenciais para o seu bom funcionamento, como as vitaminas A, B6, B12, C, D, E, K e ácido fólico.3- Por que uma pessoa que sofre de anorexia tende a apresentar alterações na saúde dos dentes?O jejum prolongado ou vômito, provocado constantemente pelos pacientes com anorexia, causam manifestações bucais como: hipersensibilidade dentária, edema de glândulas salivares, problemas gengivais, aumento de incidência de cárie, erosão dentária e bruxismo. Muitas pessoas que sofrem de anorexia podem esconder o distúrbio alimentar de outras pessoas, mas é difícil mantê-lo em segredo de seus dentistas. As mudanças dentro da boca podem ser detectadas durante um exame dental rotineiro. Portanto, o dentista passa ser um dos profissionais mais indicados a detectar o problema.4- Uma dieta alimentar para perda de peso pode afetar o equilíbrio da flora bacteriana existente na boca e estimular as doenças bucais, como gengivite e periodontite?Uma dieta saudável deve conter ainda vitaminas, sais minerais e fibras presentes no arroz, no feijão, no peixe, no leite e nos ovos, imprescindíveis para o bom andamento de nosso organismo. Cabe lembrar que a má nutrição e deficiências vitamínicas provocam a diminuição no fluxo salivar, gengivite e outras alterações na gengiva e no periodonto.Se a dieta exigir jejum prolongado, isso leva a hipoglicemia e a queima de gordura, que produz gases de odores fortes. O uso de fórmulas para emagrecer, costuma provocar desidratação pelos laxantes contidos na composição e, por este motivo, leva à diminuição do fluxo salivar e formação de saburra lingual, levando ao mau hálito.5- Existe alguma forma de evitar o aparecimento de caries, mau hálito?O primeiro passo é manter uma boa higiene bucal após as refeições, principalmente, antes de dormir e usar o fio dental entre os dentes. Isso ajuda a eliminar as bactérias que são a principal causa do mau hálito e das caries. Além disso, no intuito de manter a boca livre de doenças, devemos procurar ter uma alimentação balanceada, evitando alimentos prejudiciais à nossa saúde e ingerindo alimentos saudáveis.O açúcar é o principal alimento das bactérias causadoras da placa bacteriana, que está associada ao aparecimento da cárie e ao mau hálito. Sendo assim, devemos evitar a ingestão de balas, chocolates e alimentos doces (com muito açúcar) no período entre as refeições. Já alimentos como alho, cebola, alimentos ricos em proteínas como ovos, feijão, carnes, leite, álcool, sucos cítricos e café são causadores de mau hálito.Do outro lado, os vegetais, frutas, fibras entre outros alimentos não provocam cáries nem mau hálito. Estes alimentos são importantes para a manutenção da saúde oral. Importante também é a ingestão de dez copos de água por dia, que auxilia na higiene bucal.PerfilDra. Vivian Farfel (CRO-SP 59.111)Especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial pela Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (USP). Especialista em Odontopediatria pela Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (USP). Atuação em traumatologia dental infantil junto ao Centro de Pesquisa e Atendimento de Traumatismo em Dentes Decíduos da Disciplina de odontopediatria na USP. É autora de trabalhos científicos publicados em jornais e revistas do segmento, bem como apresentados em congressos nacionais e internacionais.
PROCURA PELA ESTÉTICA BUCAL ESCONDE RISCOS PARA A SAÚDE

CAPIXABÃO
A busca pela perfeição corporal muitas vezes implica em excessos cometidos tanto por quem almeja a beleza-padrão como pelos profissionais responsáveis por tornar a uniformização estética uma realidade. E já que o sorriso é o cartão de visita, não é à toa que uma das primeiras missões propagadas naqueles programas de transformação de beleza é impostar dentes impecáveis ao rosto -mesmo que isso implique, por exemplo, na retirada desnecessária de dentes para colocar implantes socialmente mais belos e até mesmo mascarar imperfeições dentais, sem que para isso a saúde bucal seja relativizada.Dentes brancos, proporcionais uns aos outros e impecavelmente alinhados. Estabelecido o padrão estético bucal, iniciam-se as intervenções para alcançá-lo --e preferencialmente o mais rápido possível.Segundo o dentista José Luiz Lage-Marques, um dos grandes focos da odontologia hoje é "tapar o buraco" da necessidade social de ter dentes bonitos, e não mais simplesmente proporcionar funcionalidade e saúde a eles. E tecnologia disponível para isso não falta. "Mas há quem extrapole a realidade", diz Lage-Marques, que é membro da diretoria da International Association for Dental Research (Associação Internacional de Pesquisas Odontológicas).É incorreto dizer que, quanto mais brancos, mais saudáveis serão os dentes. Dente não tem cor. Quem confere a tonalidade a ele é a dentina, segundo definição, o marfim dos dentes, que circunda a polpa dentária e está recoberto por esmalte, uma espécie de cristal transparente.Porém são poucos os que têm consciência disso, afinal, as mais belas celebridades hoje possuem uma dentição digna de ter sido conseguida não com pastas de dente, mas com sabão em pó, de tão branca. Pensando assim, clareá-los é tentador, mas pode ser uma tarefa desastrosa, que deve ser feita no consultório, e não com técnicas caseiras."Dente de estrela é tão branco que chega a ser opaco, não tem brilho. O normal é ser translúcido", afirma Cury, dizendo que as conseqüências do clareamento repetidas vezes ainda estão sendo estudadas. "O que se sabe cientificamente é que, a curto prazo, pode amolecer o dente." O clareamento somente embranquece os dentes, e não a restauração, que devem ser trocadas.Para a estudante de rádio e TV Fernanda Rolim, 22, a aparência, em sua profissão, é fundamental. Mesmo já tendo por natureza dentes claros, ela, uma perfeccionista confessa, clareou-os mais "por vaidade mesmo". "O povo quer ver gente bonita na TV, que transmita saúde e beleza", afirma Fernanda, cujos cuidados bucais vão além da estética: "Vou ao dentista regularmente, pois a manutenção é essencial".Caso à parte na higienização bucal, os colutórios, conhecidos como enxagüantes ou anti-sépticos bucais, também devem ser consumidos com cautela, principalmente os à base de clorexidina, substância que mata 98% das bactérias da boca --incluindo aí as benéficas. Durante seu uso, segundo Lemos, é comum a pessoa perder o paladar e ainda ter os dentes escurecidos. "É um produto indicado somente em casos de doença periodontal, e ainda por um tempo determinado, mas esses produtos são vendidos livremente."Outro mandamento da estética bucal em vigor, depois de já se ter garantido a cor dos dentes e o hálito puro, é o alinhamento desses dentes. Para isso, a técnica é a faceta laminada.Os dentes visíveis, ou seja, aqueles que aparecem ao sorrir, são desgastados. A faceta é um subterfúgio que se assemelha a uma unha postiça. "É um procedimento que rapidamente corrige angulação, cor e posicionamento", explica Egberto França, especialista em implante e estética dental, também conhecido por ser, no Rio de Janeiro, o dentista dos famosos.Um espaço entre os dentes incisivos, segundo a ditadura da estética, é um defeito que precisa ser corrigido. Em vez do bom e velho aparelho, a faceta laminada também é empregada nesses casos, "fechando o espaço", de acordo com Jaime Aparecido Cury, da Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O problema "é que desgasta o esmalte dos dentes, pois são usados ácidos que os descalcificam", explica Lage-Marques, dizendo que esse procedimento, no entanto, não altera a funcionalidade dos dentes.Mas, assim como ocorre nas cirurgias plásticas, o fim --o padrão estético pasteurizado- justifica os meios. Pelo menos a quem o procura. "Quando vêem o "antes" e "depois" de revistas de famosos, as pessoas não pensam no processo como um todo. Muito menos se dão conta que a manutenção desses procedimentos deve ser para toda a vida", argumenta Lemos.Apesar de os implantes serem a vedete odontológica de hoje e do futuro, segundo Lemos, há de se ter cautela em sua prescrição. Assim como existem cirurgiões plásticos que topam tudo, há também os dentistas que extraem desnecessariamente os dentes para dar lugar a essas próteses.A primeira etapa do implante é cirúrgica: o dente natural é extraído. Após a cicatrização, é colocada uma espécie de "bucha" dentro do osso. Depois de o parafuso se adaptar ao osso, é "rosqueado" o dente, também chamado de coroa, que pode ser de acrílico ou porcelana. "Se tudo correr bem, a "bucha" vai ficar posicionada para o resto da vida. O que pode acontecer é a coroa se quebrar com o tempo", explica Lage-Marques.E se não correr tudo bem? Dentro da mandíbula passa um nervo, que pode ser lesionado na cirurgia, ocasionando perda da sensibilidade no lábio inferior. Isso pode perdurar por seis meses e até ser irreversível, de acordo com o dentista José Tadeu Tesseroli Siqueira, responsável pelo Ambulatório da Dor Orofacial da Divisão de Odontologia e do Centro Interdisciplinar de Dor do Hospital das Clínicas. "Vai da consciência do profissional indicar essa técnica, mas esses excessos existem porque há uma grande expectativa em relação ao resultado final", diz Lemos.A controversa se dá entre os especialistas quanto ao que deve ser reconhecido como excesso. Para Siqueira, os riscos do implante são aceitáveis, assim como os de qualquer cirurgia. Contudo "não se pode retirar todos os dentes para colocar implantes, o que é muito feito por aí, afinal, implante é uma prótese. Ela funciona, mas não é a mesma coisa, é uma tentativa de reprodução de um sistema natural", afirma Lage-Marques.De estético a funcionalHá alguns anos, cirurgias de correção de mandíbulas demasiadamente para frente --prognatas-- ou para trás --retrognatas-- só eram feitas esteticamente. Hoje, as associações odontológicas conseguiram provar que o procedimento não só melhora a aparência mas também a mastigação da pessoa. "O aumento do número de cirurgias ocorreu por conta de os planos de saúde hoje cobrirem a técnica, que evoluiu e está menos invasiva", diz o bucomaxilofacial Paulo Sérgio dos Santos Pereira, da Universidade de Brasília (UnB).Antigamente, para ambas as correções, eram necessários 45 dias de recuperação com a boca fechada. Hoje, o paciente sai praticamente falando, segundo o bucomaxilofacial. As contra-indicações são as mesmas de qualquer cirurgia por exigir anestesia geral. "Se a pessoa tem problemas psicológicos, não fazemos a cirurgia, pois a mudança estética é muito grande; muitas vezes a pessoa não se reconhece", diz o especialista.Pereira conta que tinha uma paciente cujo problema maior não era ser prognata, que pode até ser o charme de uma pessoa, mas ter a irmã mais bonita que ela. "Não opero esse tipo de paciente, peço para ir procurar um psicólogo porque provavelmente ela não ficaria satisfeita com o resultado", diz, completando que a cirurgia é apenas facial --"e não cerebral". "Depositar muita expectativa na cirurgia é comum. Existem pessoas tímidas que acham que sendo operadas terão uma outra personalidade."Isso é possível? Sim, dizem os especialistas, apesar de não existir certeza de sucesso, afinal, se fosse ruim, ninguém se submeteria a cirurgias à lá "extreme makeover", um reality show norte-americano em que o participante passa por uma série de cirurgias plásticas para ficar "mais bonito". "Muitas vezes, após um tratamento, vejo um paciente ter sua auto-estima de volta. Isso é ótimo", finaliza França.De qualquer maneira, é bom ser cauteloso, pois mesmo os padrões de beleza mudam. Ter os dentes alinhados, por exemplo, poderá estar fora de moda daqui a alguns anos. "Como os dentes estão em evolução, a tendência são os laterais diminuírem", prevê o bucomaxilofacial Pereira.
ESPECIALISTA DIZ QUE DORES NA COLUNA CERVICAL PODEM TER ORIGEM NA BOCA

PORTAL DENTAL PRESS
Você não tem tempo para comer direito e vive beliscando qualquer coisa. Esse hábito cada vez mais comum, aliado a problemas bucais, pode resultar em dores na coluna cervical. Tudo começa com a consistência da comida que ingerimos atualmente. Elas são mais fáceis de mastigar e isso faz com que a musculatura da face deixe de exercer a função para a qual ela foi criada."Mastigar bem produz um relaxamento da musculatura", diz o cirurgião dentista Lauro Delgado, especialista em estética e reabilitação oral da clínica Odonto Integrada Delgado, de São Paulo. Ele explica que a falta de mastigar alimentos mais duros, aliada a problemas bucais como contato prematuro (ao fechar a boca um dente tem contato antes que os demais), uma obturação mal feita ou o apinhamento (dentes encavalados) resultam em problemas de mordida que quase sempre geram uma disfunção na articulação terporomandibular, mais conhecida como ATM.E, numa sucessão de mordidas erradas, desgastes e compensações, o corpo se encarrega de adequar, nesse caso negativamente, articulações, músculos e ossos, que resulta em dores na coluna cervical. "Estudos realizados na Europa e nos Estados Unidos mostram a forte relação entre a postura corporal com atividades vitais como respiração e, principalmente, alimentação", explica Francisco Rogério Aguiar de Menezes, cirurgião dentista, bucomaxilofacial e chefe das equipes de cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial dos hospitais São Camilo e Samaritano, na capital paulista.Ele lembra que a coluna vertebral também envolve uma série de nervos, tendões, músculos e ligamentos que doem quando há algo errado e que não é comum as pessoas relacionarem problemas bucais com alterações no organismo. "No geral, quando sentem dores nas costas, as pessoas procuram um especialista em coluna, um ortopedista, mas na consulta descobre-se que a origem do problema está na boca", diz o doutor Lauro."Quando a mordida não é perfeita, a mandíbula se desvia lateralmente para fazer o ajuste e compensar o desequilíbrio", acrescenta. Como resultado, temos uma mordida desalinhada e a mandíbula sobrecarregada de um só lado. Dessa forma, os músculos do pescoço, e a seguir da coluna cervical, acompanham esse novo posicionamento na tentativa de compensar o desvio causado na boca. "Assim, temos um problema desencadeado e, a seguir, refletido na coluna cervical", diz ele.
58% DOS BRASILEIROS NÃO TÊM ACESSO ADEQUADO A ESCOVAS DE DENTE

PORTAL DENTAL PRESS
Segundo levantamento realizado pelo Ministério da Saúde em 2008, 58% da população brasileira não tinha acesso adequado a escovas de dente. O número inclui pessoas que consumiram o produto de forma esporádica ou inadequada – quando o uso da mesma escova é feito por um período muito prolongado – e também brasileiros sem acesso algum.De acordo com o coordenador nacional do programa Brasil Sorridente, Gilberto Pucca, a não-utilização de escovas de dente no país é mais comum do que se imagina. Pucca alertou que praticamente todas as capitais brasileiras apresentam índices de acesso zero ao produto.“A gente tem que acabar com essa idéia de que as pessoas não tem acesso aos bens mínimos só nas regiões distantes. O problema está na nossa esquina, nas periferias”, afirmou.Pucca destacou que o quesito dificuldade financeira lidera o ranking de razões pelas quais mais da metade dos brasileiros não utiliza a escova de dentes de maneira adequada, seguido por desconhecimento.Em 2003, o índice de acesso zero chegava a quase 65% mas o crescente número de pessoas que passaram a integrar o mercado de trabalho, segundo ele, levou à queda dos números.Atualmente, o Ministério da Saúde possui 18 mil equipes de saúde bucal dentro do programa Saúde da Família, além de mais de 650 centros especialiazdos dentro do Sistema Único de Saúde (SUS). A meta do governo é, até o final de 2009, incorporar kits compostos por escova e pasta de dente em 100% das equipes de saúde bucal – 1 mil kits por equipe.Há ainda a estratégia de distribuição de kits para alunos do ensino fundamental e médio que pertencem a escolas públicas localizadas em áreas de baixo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) – um total de quase 1.200 municípios brasileiros. A expectativa de Pucca é que, em um prazo máximo de dez anos, o país apresente um quadro de saúde bucal “bastante diferenciado” do atual.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

EXTRAÇÃO DENTÁRIA COMPROMETE A MEMÓRIA, DIZ ESTUDO

PORTAL DENTAL PRESS
Toda vez que um dentista extrai um dente, ele pode estar "arrancando" também parte da memória do paciente, revelou um estudo sueco que será apresentado em Estocolmo nesta sexta-feira."Os dentes parecem ter uma importância enorme para a nossa memória", afirma Jan Bergdahl, dentista, professor associado da faculdade de psicologia da Universidade de Umeaa, no norte da Suécia, e um dos autores do estudo.Parte de uma pesquisa mais ampla sobre a memória chamada Betulastudien, o estudo acompanhou 1.962 pessoas com idades entre 35 e 90 anos desde 1988, comparando a memória daqueles que tinham todos dentes e a dos que os extraíram e passaram a usar dentaduras."As pessoas que não tinham dentes tiveram sua memória claramente afetada em comparação com aqueles que tinham", disse Bergdahl.Recentes estudos realizados com ratos no Japão também evidenciaram relação entre os dentes e a memória. Mas, de acordo com Bergdahl, este é o primeiro estudo em larga escala em humanos que claramente estabelece uma relação entre os dois pontos.A pesquisa sueca ainda precisa revelar o impacto da extração de um único dente na memória humana. Segundo Bergdahl, os pesquisadores planejam descobrir quantos dentes uma pessoa precisa perder antes que afete sua memória. "Nós também vamos investigar como a decadência do dente afeta a perda da memória e que influência têm os implantes dentários", disse o pesquisador.Ele insistiu, no entanto, que não espera que estudos futuros revelem que os implantes melhoram a memória."Eu não acho que seja provável. Testes em animais mostraram que a extração de dentes rompe nervos conectados ao cérebro", disse Bergdahl, afirmando que o estudo sueco poderá mudar dramaticamente o cuidado futuro com os dentes dos idosos."Devemos pensar duas vezes antes de arrancar dentes que apresentam problemas", afirmou.
COMO PREVENIR GENGIVITE COM O USO DE APARELHO ORTODÔNTICO

PORTAL DENTAL PRESS
O uso de dispositivos ou aparelhos ortodônticos, especialmente os fixos, requerem atenção e cuidados redobrados de higiene e é muito comum ocorrer gengivite em crianças, jovens, adultos portadores de aparelho, desde que tenham pouco cuidado com a limpeza bucal.Isto porque, com o aparelho dentro da boca, tem-se maior número de superfícies para reter não só os restos alimentares, como a placa bacteriana que, como o próprio nome indica, é muito rica em microorganismos.Assim, o acúmulo de placa no dente, no aparelho, entre o dente e a gengiva, acaba acarretando uma inflamação com sangramento, que pode levar a um verdadeiro e sério adoecimento da gengiva.Some-se a esse quadro o fato de que o aparelho se constitui em um obstáculo para a auto-limpeza, isto é, aquela limpeza que a própria boca dá conta de fazer com os lábios e com a língua - a autóclise -, quando da mastigação dos alimentos.Também é preciso considerar que a própria presença do aparelho dificulta, ao menos em parte, a técnica de escovação.A grande dica é que a escovação deve ser feita com bastante calma, levando a escova a passear por todos os lados dos dentes, na região da gengiva e nas reentrâncias do aparelho. Além disso, importante também conferir sempre, no espelho, se os dentes estão realmente limpos e se o aparelho e as gengivas foram devidamente higienizados.O uso do fio-dental é importante e auxilia bastante a limpeza das áreas que a escova dental não alcança. Com aparelho fixo, o fio-dental deve ser usado com cuidado, passando entre os dentes e o aparelho, com auxílio de passa-fio de plástico, orientador da passagem do fio nestes espaços.Escovas do tipo unitufo, ou seja, as que contêm um chumaço único de cerdas, costumam ajudar nesta limpeza.O aparelho removível também favorece o acúmulo de placa, tanto nos dentes, quanto nele próprio, podendo resultar na desmineralização do dente, perigo que pode ser evitado por uma boa limpeza na boca (dentes, gengivas e por dentro das bochechas) e por igualmente eficaz escovação do aparelho, com creme dental.A inflamação da gengiva também pode ser evitada, escovando-se os dentes, limpando aparelho e gengivas, depois de cada alimentação, usando-se soluções anti-sépticas, aromáticas e, à noite, após a última escovação, bochechos durante um minuto, de soluções que contenham fluoreto de sódio a 0,05%. No entanto, não basta apenas escovar os dentes, é preciso limpar toda a cavidade bucal, dedicando um pouco mais de tempo a esta tarefa, procurando sentir como é gostoso e agradável ter a boca limpa, livre de impurezas, lisa e cheirosa.Seguidos esses simples preceitos de higiene, a gengiva vai estar sempre saudável, a boca perfumada, fresquinha e o aparelho bem cuidado. Crianças e adolescentes com aparelho e dentes sujos causam péssima impressão, exalam cheiro ruim e sentem gosto desagradável na boca, transformando o sorriso, que seria o carro-chefe da beleza facial, num pobre príncipe em andrajos.
AMORA PODE SER EFICAZ CONTRA HERPES, DIZ ESTUDO

PORTAL DENTAL PRESS
Outros estudos já haviam observado a eficiência da fruta no tratamento de problemas da bexiga. Agora, os pesquisadores afirmam que as amoras também podem ser usadas para feridas nos lábios e nos órgãos genitais causadas pelo vírus da herpes.Apesar das conclusões da nova pesquisa, publicada nas revistas Chemistry and Industry e Journal of the Science of Food and Agriculture , cientistas britânicos afirmam que não há provas suficientes para sugerir que as pessoas devam comer amoras ou beber o suco da fruta para combater o vírus.Os pesquisadores da Universidade de Kaohsiung examinaram as propriedades da amora alpina, um arbusto esverdeado também conhecido como Vaccinium vitis-idaea .A planta já é utilizada no tratamento de distúrbios digestivos e suas flores secas são utilizadas na produção de medicamentos para problemas pulmonares.SUCOOs pesquisadores de Taiwan isolaram um composto chamado proantocianidina A-1. Eles examinaram sua ação contra o vírus da herpes tipo 2 (HSV-2 ou herpes simplex), que causa feridas nos lábios e nos órgãos genitais.Testes de laboratório mostraram que a substância suprime significativamente a infecção por HSV-2 sem efeitos tóxicos. Não houve uma redução no poder de infecção do vírus, mas nos efeitos da infecção.A equipe, liderada por Hua-Yew Chung, sugere que a proantocianidina A-1 impede que o vírus se atrele às células ao perturbar as glicoproteínas em volta do vírus ou da membrana da célula hospedeira.Mas os pesquisadores dizem que são necessários mais estudos para esclarecer exatamente que mecanismo é esse.Marian Nicholson, diretora da Associação para o Vírus da Herpes, disse que as conclusões são o resultado uma pesquisa realizada apenas em laboratório.Ela afirma que mais evidências são necessárias para determinar se o tratamento funciona antes de recomendá-lo.Segundo Nicholson, no passado, "testes de laboratório sugeriram que tratamentos com algas poderiam matar o vírus."
CIENTISTAS DESENVOLVEM TESTE DE SALIVA PARA PREVER CÁRIES

PORTAL DENTAL PRESS
Um simples teste de saliva pode prever quantas cáries nos dentes uma pessoa tenderá a desenvolver em sua vida, de acordo com cientistas da Universidade do Sul da Califórnia.Analisando proteínas da saliva, os pesquisadores também podem detectar quantas quais cáries uma pessoa já teve.Daqui a algum tempo, de acordo com os pesquisadores, os dentistas vão poder inclusive fazer esse teste em crianças e aplicar em seus dentes um revestimento para protegê-los antes do aparecimento do problema.Paul Denny, que chefiou a equipe de pesquisadores, afirma que o teste de saliva tem 98% de precisão.BebêsMas, segundo ele, o teste não deve ser visto como um substituto para o dentista e para a realização de check-ups periódicos."Uma versão do teste pode ser incluída em exames de bebês para fornecer informações antecipadas sobre as futuras necessidades de saúde oral que essa criança pode ter", disse.Ele disse que o teste também pode ser útil para priorizar tratamentos em regiões onde o acesso a cuidados dentais é limitado.Denny disse que o teste de saliva é atraente para pacientes e dentistas porque não requer agulhas e é fácil de realizar. Em média, um adulto produz um litro de saliva por dia.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

BRUXISMO E REFLUXO SÃO COMUNS EM PESSOAS COM APNÉIA DO SONO

PORTAL DENTAL PRESS
Condição marcada por interrupções da respiração durante o sono, causando roncos e complicações mais sérias -, segundo estudo apresentado esta semana no congresso CHEST 2009, nos Estados Unidos. O levantamento indicou que cerca de um em quatro pacientes com apneia sofre de bruxismo - condição marcada pelo ranger de dentes noturno e que afeta cerca de 8% da população americana -, e que 35% deles têm refluxo - retorno anormal do conteúdo estomacal para o esôfago.Para investigar essa relação, os pesquisadores avaliaram 150 homens e 150 mulheres com apneia - cada grupo com 50 caucasianos (brancos), 50 afroamericanos e 50 hispânicos. E os resultados mostraram que 25,6% dos pacientes apresentavam ranger de dentes, enquanto 35% reclamavam de azia noturna e sintomas de refluxo. Avaliando a influência do gênero e da etnia na relação entre bruxismo, refluxo e apneia, os especialistas notaram que o ranger de dentes era mais comum nos homens (43%, contra 31% das mulheres) e nos caucasianos (35%, contra 19% dos hispânicos). E o refluxo foi mais comum em afroamericanos (40%, contra 31% dos hispânicos e 34% dos caucasianos)."Distúrbios do sono como a apneia podem levar a muitas condições de saúde secundárias", revelou a médica Kalpalatha Guntupalli, presidente do American College of Chest Physicians. "Ao tratar a apneia do sono, os médicos devem também reconhecer e abordar as condições de saúde secundárias, como o bruxismo, com o objetivo de controlar completamente o distúrbio de sono de um paciente", complementou.Associação entre Bruxismo e ApneiaSegundo o pesquisador Shyam Subramanian, líder do estudo, a relação entre apneia obstrutiva do sono e bruxismo noturno está normalmente associada a uma resposta a um estímulo. "O fim de um evento de apneia pode ser acompanhado de numerosos fenômenos na boca, como ronco, respiração ofegante, resmungos e ranger de dentes", explicou o especialista. "Homens, tipicamente, têm apneia do sono mais severa, e talvez possam ter mais respostas ao estímulo, o que poderia explicar a mais alta prevalência de ranger de dentes em homens. Além disso, os homens tendem a relatar mais sintomas de apneia do que as mulheres, como roncos, grunhidos e apneia presenciada".Outros fatores que poderiam explicar a relação entre as duas condições seriam a ansiedade e o consumo de cafeína. "Altos níveis de ansiedade podem levar ao bruxismo, e a apneia do sono não-tratada é reconhecida como causa de distúrbios de humor, incluindo depressão e ansiedade", ressaltou o especialista. Além disso, segundo ele, "o sono diurno da apneia do sono pode fazer com que uma pessoa ingira cafeína, e isso está também associado com alto risco de bruxismo".
USO DE CHUPETA CAI 15% EM NOVE ANOS
PORTAL DENTAL PRESS
Levantamento do Ministério da Saúde mostra que, entre 1999 e 2008, houve redução expressiva do uso de chupeta em crianças menores de 12 meses. Em 1999, 57,7% dos bebês menores de 12 meses usavam chupeta no país. No ano passado, esse percentual caiu para 42,6%, uma variação de 15,1%. O estudo levou em consideração as 27 capitais e outros 239 municípios, o que somou informações de 34.366 crianças.A queda no uso de chupetas foi percebida em todas as regiões. Maceió foi a capital que apresentou a maior redução no uso de chupeta (20 pontos percentuais). Na região Norte, apenas 25,5% das crianças menores de 12 meses usam chupeta. A região Sul possui o maior índice com 50,6%. Esses e outros dados fazem parte da II Pesquisa de Prevalência do Aleitamento Materno nas Capitais Brasileiras e DF (PPAM), divulgada durante a Semana Mundial de Amamentação.O Ministério da Saúde não recomenda o uso de chupeta nem de mamadeira. “Existe uma associação entre o uso de chupeta e mamadeira e a duração do aleitamento materno. A Região Norte, onde mais se amamenta no Brasil (média de 434,81 dias), apresenta menor prevalência do uso de chupeta e mamadeira”, explica Elsa Giugliani, coordenadora da Área Técnica de Saúde da Criança e Aleitamento Materno do Ministério da Saúde.São considerados “bicos artificiais” tanto as mamadeiras quanto as chupetas. Na pesquisa de 2008, verificou-se que, para o total das crianças menores de 12 meses analisadas, foi freqüente também o uso de mamadeira (58,4%). O uso de mamadeira (veja quadro abaixo) foi mais registrado na região Sudeste (63,8%) e menos freqüente na região Norte (50,0%). Foi a primeira vez que o dado uso de mamadeira, foi analisado pelo Ministério da Saúde.DIFERENÇAS - Tanto para chupeta quanto para mamadeira, as diferenças entre as regiões Norte e Sul/Sudeste são prioritariamente culturais. Por exemplo, no Norte, há uma presença mais forte de populações indígenas. Na região Sul e Sudeste, a pressão do mercado de trabalho exige que a mulher fique mais distante do filho. Além disso, aspectos da vida moderna, como o trânsito e a distância entre o trabalho e a casa, distanciam a mulher do bebê e do aleitamento exclusivo por seis meses, o que o Ministério da Saúde preconiza.“Ao se considerar a amamentação não apenas um ato biológico, mas também social e cultural, percebe-se que o Brasil, como um país continental, apresenta diferentes realidades e questões culturais diversas. O uso da chupeta e da mamadeira, ambos muito arraigados em determinadas regiões, por exemplo, influencia negativamente na amamentação. E isso é algo difícil de eliminar”, exemplifica Lilian Córdova do Espírito Santo, assessora para Assuntos Relacionados ao Aleitamento Materno, da Área Técnica de Saúde da Criança.
RAÍZES DENTÁRIAS, UMA EXTRAÇÃO COMPLICADA?
PORTAL DENTAL PRESS
A raiz dentária é a parte do dente que suporta a coroa (porção de dente que está visível), e encontra-se dentro do osso e da gengiva.Por vezes, uma fratura dentária, cárie severa, ou extração incompleta fazem com que apareçam na boca raízes dentárias retidas, situação esta muito comum, e pouco benéfica para quem dela sofre.E, ao contrário do senso comum, nem sempre a extração destas raízes, caso seja esta a indicação terapêutica, é um processo moroso.Situações que podem provocar o aparecimento de raízes retidasRaízes retidas podem surgir na boca por várias situações, sendo que à cabeça encontramos as fraturas dentárias (quer de dentes vivos ou desvitalizados, sendo mais frequente com dentes desvitalizados), processos de cárie severa e avançada, na qual há perda total da coroa dentária, ou extrações dentárias incompletas, na qual há fratura parcial do dente extraído.A gravidade das situações é variável, no entanto, qualquer situação dolorosa exige atenção rápida e redobrada.Complicações que podem resultar da presença de raízes retidasA presença de raízes, ao invés do que se possa pensar, acarreta graves consequências não só na saúde oral, mas também na saúde geral e bem-estar pessoal.A nível oral a presença de raízes pode condicionar o aparecimento de abscessos, resultantes de infecções associadas à raiz fraturada, inflamação e aumento de volume gengival, que pode conduzir a gengivite (caracterizada pelo aumento de volume gengival e sangramento abundante) ou mesmo a periodontite (ou piorréia, caracterizada pela perda de volume ósseo e gengival, que pode em último caso levar à perda de dentes), cáries nos dentes adjacentes, resultantes da acumulação de restos alimentares nas raízes fraturadas, deslocações dentárias, mau hálito e mau sabor.No que toca à saúde geral e bem-estar, a presença de raízes residuais pode provocar infecções generalizadas, dores musculares, diminuição da capacidade de resposta imunitária, dificuldade em debelar lesões musculares e dores em geral.A resposta do organismoUma raiz retida é interpretada pelo nosso corpo como um elemento estranho, algo que não pertence aquele sítio, logo desencadeia automaticamente uma resposta imunitária, com o objetivo de expulsar esse corpo estranho, gerando assim infecção, caracterizada muitas vezes por um abscesso.Por esta razão, as raízes são geralmente expulsas pelo nosso organismo num processo que pode ser mais ou menos rápido, consoante cada um, não sendo, no entanto um processo de todo instantâneo.A extraçãoPor tudo aquilo que foi exposto é fácil de constatar que a presença de raízes na boca, desde que não reaproveitáveis, é prejudicial à saúde. Por esta razão raízes não recuperáveis deverão ser extraídas, de forma a prevenir problemas futuros.E ao contrário da ideia generalizada, e salvo exceções, a extração de uma raiz (ou de várias raízes do mesmo dente) é tão ou mais fácil que a extração de um dente normal, e não implica um pós-operatório pior, uma vez que a forma cônica da raiz ajuda a que esta própria se expulse quando posta sob força necessária à sua extração. No que diz respeito a dentes com mais do que uma raiz, o fato de já não existir coroa que una as raízes, torna o trabalho ainda mais fácil, uma vez que em determinados casos, as raízes juntas formam uma espécie de "anzol" ou "gancho" que dificulta a sua extração em bloco, e estando separadas, torna o trabalho muito mais fácil.
DENTADURAS TÊM PRAZO DE VALIDADE

GUIA ODONTO
As próteses dentais impróprias afetam mastigação, fonação, estética e podem causar até neoplasias malignas. Visita regular ao dentista previne problemas de reabilitação oralBRASÍLIA - As próteses dentais têm prazo de validade: uma dentadura que “dança” na boca pode dificultar a fala e a mastigação ou deixar o rosto precocemente envelhecido. Nestes casos, deve ser substituída, sob o risco de prejudicar a saúde. O uso contínuo de uma dentadura inadequada ou mal ajustada pode lesar a mucosa e até originar uma neoplasia maligna (câncer) devido ao trauma constante nos tecidos moles da boca. O alerta é do especialista e mestre em Periodontia, Clarindo Mitiyoshi. Ele é membro da Academia Européia de Osteointegração e coordenador do curso de especialização em Implantodontiada Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas – Seção Jardim Paulista (APCD).Mitiyoshi explica que, ao longo dos anos, o ser humano apresenta reabsorção óssea. Ou seja, os ossos sobre os quais a prótese dental foi moldada diminuem naturalmente. Esta mudança pode deixar a prótese instável.Segundo o especialista, a cárie é a principal responsável pela perda dental. Já na vida adulta, a prevalência maior é da doença periodontal, que afeta as gengivas. Jovens também podem desenvolver problemas periodontais severos, por isso Mitiyoshi destaca a importância da visita regular ao dentista para o diagnóstico precoce da doença.TratamentoEntre as opções de tratamento de reabilitação oral para casos de edentulismo (ausência de dentes) estão a prótese total (dentadura) e a prótese fixa sobre implante. A prótese fixa sobre implante, na opinião de Mitiyoshi, é a solução definitiva porque oferece maior estabilidade e segurança para o paciente mastigar, sorrir e falar, recuperando sua auto-estima e favorecendo o seu convívio social.O setor odontológico está em constante evolução e há diversas técnicas e implantes disponíveis para reabilitação oral. Dependendo da avaliação clínica, o tratamento pode envolver o uso de enxerto ósseo e durar até seis meses para ser concluído. Quando a indicação clínica é favorável, é possível colocar o implante dental em até uma hora, sem necessidade de enxerto ósseo. De acordo com Mitiyoshi, atualmente é possível substituir qualquer tipo de prótese dental pelo sistema de implante oral. “Só usa dentadura quem quer”, declara.
DENTISTA QUE EXTRAIU TODOS OS DENTES DE ADOLESCENTE É ACUSADO DE NOVO CASO

GUIA DENTAL
O dentista que extraiu todos os dentes do jovem César Oliveira Ferreira, 17 anos, sofre agora nova acusação. Ele também teria extraído todos os dentes de Roberto Pinto Duarte, 35 anos, quando na verdade a cirurgia indicada era para retirada de apenas dois dentes.A cirurgia de Roberto, que assim como César apresenta problemas mentais, foi feita há dois meses, também no Hospital Regional da Asa Norte (Hran). A mãe da vítima é analfabeta e teria assiando um documento no hospital do qual ela não sabe o conteúdo. O garoto já saiu do consultório sem os dentes.A mãe e a irmã de Roberto prestaram depoimento na 5ª Delegacia de Polícia, que investiga o caso. A nova acusação será tratada de forma independente da anterior, mesmo que fique provado que teria sido de fato o mesmo dentista a realizar a cirurgia. A vítima passará por exames nesta sexta-feira (6/11) no Instituto Médico Legal.O dentista, Wilson Oliveira, já responde por lesão corporal gravíssima, pelo caso anterior, e pode pegar de dois a oito anos de prisão. Segundo agentes, a perícia é que vai determinar se houve legitimidade no caso.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

A ERRADICAÇÃO DA CÁRIE É POSSÍVEL?

PORTAL DENTAL PRESS
A cárie pode estar com os dias contados. É crescente uma corrente na odontologia mundial que afirma ser possível erradicar este mal do planeta – e das bocas. Na última Conferência Global Anticárie, realizada neste mês de julho no Rio, houve um mapeamento de ações que possam abrir caminho para este processo, bem como novas abordagens à classificação e ao diagnóstico da cárie.– Nos países desenvolvidos, onde a população tem maiores conhecimentos de educação para a saúde e as medidas preventivas estão presentes, os levantamentos epidemiológicos têm mostrado a diminuição de casos de cárie – afirma o presidente da Associação Brasileira de Odontologia do Rio de Janeiro (ABO-RJ), Paulo Murilo.Embora saibam das dificuldades, os nomes mais importantes da odontologia mundial confiam na possibilidade de erradicação.– A maioria dos dentistas vê com um cunho de ceticismo a possibilidade de erradicação da cárie. Os mais acadêmicos, no entanto, não comungam nesta ideia por possuírem uma realidade científica e uma consciência investigativa maior que permite uma visão mais criteriosa do que o conhecimento e a tecnologia podem fazer – diz o presidente da Federação Dentária Internacional (FDI), o brasileiro Roberto Vianna.O desafio atual é levar este conhecimento e estrutura para nações menos abastadas.– Há algumas décadas, quando ficou esclarecido que a cárie dentária é uma doença causada por microorganismo, começou-se a pensar seriamente na erradicação da doença. Com programas sérios de prevenção e tratamento, será possível atingir este objetivo no futuro - comenta Paulo Murilo.No Brasil, o último programa do governo voltado para a cárie foi o “Brasil Sorridente”, lançado em 2004. O programa ampliou o acesso da população aos serviços bucais e os resultados foram sentidos principalmente na diminuição dos índices de cárie das crianças.– As estatísticas da cárie no Brasil são descendentes. Isto ocorreu devido a priorização por parte do atual governo na execução do programa. Esta estratégia tem sido reconhecida e elogiada pela própria Organização Mundial de Saúde (OMS), sendo hoje tida como modelo para outros países – elogia Roberto Vianna.No Brasil a situação da saúde bucal vem melhorando nos últimos anos, mas alguns números ainda são assustadores, assim como na maioria dos países emergentes e subdesenvolvidos: 30% da população nunca tratou dos dentes; de cada quatro idosos, três não possuem um único dente; 90% dos adultos com mais de 40 anos apresentam doenças periodontais; 14% dos adolescentes nunca foram ao dentista; 20% da população brasileira já perdeu todos os dentes; e 45% não tem acesso regular à escova de dente.Apesar de o Brasil ainda possuir altos índices de cárie, nada se compara ao continente africano. Local de maior concentração de pobreza do planeta, a região abriga o maior percentual de incidência de doenças bucais.– A cárie é uma doença multifatorial agravada pela falta de conhecimento das populações sobre as medidas preventivas. Os povos mais carentes são os mais atingidos, por isso, os países do continente africano são as maiores vítimas - destaca Paulo Murilo.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

CIENTISTAS ISOLAM BACTÉRIA QUE COMBATE O MAU HÁLITO

PORTAL DENTAL PRESS
Pesquisadores da universidade britânica Kings College dizem ter conseguido isolar um tipo de bactéria que pode acabar com o mau hálito. O experimento pode ajudar no desenvolvimento de tratamentos para combater não só o mau hálito como outros odores corporais, como o chulé. As substâncias que causam o mau hálito são produzidas por aminoácidos que contêm enxofre.Os cientistas isolaram as bactérias chamadas metilotróficas, que comem as substâncias quecausam o odor bucal, da língua, das placas dentárias e da gengiva dos voluntários que participaram do estudo. Até agora, essas substâncias malcheirosas não eram consideradas um parte normal do ambiente microbiótico que existe dentro da boca.Os cientistas do Kings College, no entanto, não viram diferença entre os tipos de bactéria encontrados na boca de voluntários saudáveis e daqueles que sofrem de periodontite, uma infecção na gengiva associada com o mau hálito.Os pesquisadores suspeitam que as pessoas que têm mau hálito tenham apenas níveis menores da bactéria que "come" as substâncias que causam o odor.
MENOS DE 22% DA POPULAÇÃO TEM GENGIVAS SADIAS

PORTAL DENTAL PRESS
Quando você usa fio dental, sua gengiva sangra? Se a sua resposta for afirmativa, procure rapidamente um periodontista. Você pode estar com gengivite! Essa doença, que significa inflamação na gengiva, é o primeiro alerta da boca de que a higiene não está sendo bem realizada.A gengivite é ocasionada pela má escovação dos dentes e a não utilização de fio dental diariamente, o que faz com que as placas bacterianas se acumulem em volta do dente, se calcifiquem (tártaro) e passem a irritar a gengiva. Como o papel dela é justamente o de proteger os dentes, eles passam a ficar mais expostos à ação das bactérias.Alguns apenas buscam tratamento por volta dos 40 ou 45 anos de idade. O quadro é comum no Brasil, uma vez que, de acordo com o Ministério da Saúde, menos de 22% da população adulta tem gengivas sadias.Quando a gengivite ainda está na fase inicial, ela pode ser tratada com uma melhora na escovação e uso diário do fio dental. Se o tártaro já tiver se formado, é preciso realizar uma remoção de tártaro profissional no consultório. Nos casos mais avançados, é realizada raspagem das irregularidades nas raízes dos dentes.Ter a gengiva saudável não auxilia apenas na preservação dos dentes. Atualmente, há estudos sobre a interferência da periodontite na saúde do coração e outros órgãos vitais. Por isso, o ideal é visitar o consultório dentário de seis em seis meses para que, caso seja constatado, o problema possa ser tratado ainda na fase inicial.
COLESTEROL ALTO DIFICULTA CICATRIZAÇÃO DA MUCOSA BUCAL

PORTAL DENTAL PRESS
São inúmeros os trabalhos científicos que comprovam que o colesterol alto, a chamada hipercolesterolemia, é um dos fatores determinantes para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Agora, pesquisa na Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (FORP) da USP indica que o colesterol alto também é um vilão para os tecidos da mucosa bucal que, alterados, podem acarretar dificuldades no processo de cicatrização. Além disso, a pesquisa revela que alguns desses efeitos são progressivos, ou seja, se tornam mais expressivos com o uso contínuo de alimentação com alto índice de colesterol.Segundo o autor do estudo, o biólogo Gilberto Silva, isso pode prejudicar um tratamento odontológico que dependa de cirurgia, mas também no uso de aparelhos ortodônticos, ou mesmo em tratamentos odontológicos de rotina. “Se o paciente precisar de uma raspagem, por exemplo, ele ficará mais exposto a um sangramento pela dificuldade de cicatrização e com maior chance de desenvolver uma infecção”, avalia.Riscos desde a infânciaComo a obesidade se tornou uma questão de saúde pública e vem aumentando de forma bastante acentuada também na infância e na juventude. Quando observada nos primeiros anos de vida leva a um maior risco para altos índices de colesterol, triglicérides e alterações cardiovasculares na vida adulta. A partir daí, o pesquisador resolveu investigar os efeitos das fases iniciais dessas alterações, ou seja, nas idades infantil e juvenil, sobre os tecidos bucais e a capacidade de cicatrização.A pesquisa foi realizada com ratos da raça Wistar, o mais utilizado pelos pesquisadores, pois a cicatrização da pele desse animal é muito semelhante a cicatrização da mucosa bucal do homem, segundo Silva. Foi oferecida aos animais uma ração preparada com 1% de aumento (em peso) de colesterol e mais 20% de óleo de soja, por um período de 2 a 6 semanas, para avaliação dos tecidos bucais.Silva diz que, levando-se em consideração a literatura, o aumento obtido nos níveis de colesterol foi semelhante aos observados em humanos com sobrepeso, ou seja, 22% no colesterol total e 23% de aumento no LDL em média. Ainda, segundo Silva, pessoas obesas ou obesos mórbidos podem ter índices maiores de aumento do colesterol. A orientadora do trabalho, professora Marilena Komesu, da FORP, revela que, considerando a idade dos animais utilizados na pesquisa e as características do aumento do colesterol, o trabalho procurou mostrar a situação de crianças e adolescentes com sobrepeso, ou seja, aqueles com maus hábitos alimentares, que não fazem exercício e que estão se tornando bastante comuns na população em geral.Os pesquisadores lembram, no entanto, que a alteração no colesterol pode acontecer em qualquer idade, mas escolheram essa por ser preocupante por vários motivos. “Além de estar aumentando essa população, o aumento do colesterol nessa fase pode ser completamente assintomático, ou seja, despercebido, e, ainda, com o início precoce de alterações no colesterol os problemas podem ser mais graves na vida adulta”.Foi analisada a morfologia da pele e também a língua do animal em quatro regiões diferentes, além do palato mole, do duro e a gengiva. Todas as avaliações dos animais tratados com a ração enriquecida com colesterol apresentaram alterações, tanto no período inicial do processo de cicatrização, quando ocorre a reação inflamatória, como no período final. “Foi observado que, mesmo no período inicial do aumento do colesterol no organismo, duas semanas após o uso da ração enriquecida, já é significativa a alteração no epitélio bucal e consequentemente no processo de cicatrização”, afirma o pesquisador.Além disso, ele diz que as células são maiores e estão presentes em menor número, o que indica que provavelmente ele está mais suscetível a lesões. “Todo o processo de cicatrização, composto de fases, sofre um atraso”.A literatura científica, segundo Marilena, só havia relatado até hoje a relação entre a variação dos lipídios HDL, colesterol bom, e LDL, colesterol ruim, e infecções bucais, mas nada sobre a dislipidemia, que é a presença elevada ou anormal desses lipídios, e as alterações bucais. “O que já havia sido comprovado é que a elevação ou anormalidade desses lipídios causam alterações nas células intestinais. Mesmo os trabalhos existentes são controversos, pois não deixam claro se essas variações é que causam as alterações nas células, ou se as alterações nas células é que causam as variações”, diz a orientadora.Ainda, segundo Marilena, as alterações vasculares são comuns na dislipidemia e nesse caso, durante uma cirurgia pode haver problema com pacientes com alterações de colesterol. “Como na odontologia se trabalha com doenças bucais e lesão de mucosas é necessário saber se o paciente não corre risco de danos maiores por conta do colesterol”, lembra a professora.