terça-feira, 8 de dezembro de 2009

GENGIVA DOENTE PODE LEVAR A DIABETES DURANTE A GRAVIDEZ, DIZ ESTUDO

PORTAL DENTAL PRESS
07/12/2009
A saúde das gengivas está ligada diretamente ao bem estar e pode trazer problemas, como aumento do risco das doenças cardiovasculares, osteoporose, diabetes e doenças respiratórias. Um estudo realizado pela Universidade de Nova York demonstrou que a doença gengival pode aumentar as chances de uma gestante ficar diabética.
A diabetes gestacional acontece quando uma grávida apresenta taxas elevadas de glicose no sangue. Nessa situação existe uma dificuldade do corpo em entregar o açúcar, combustível necessário ao metabolismo adequado, para as células do corpo.
Os especialistas acompanharam mais de 250 gestantes durante os seis primeiros meses da gravidez. O acompanhamento consistia em exames de sangue com um teste de tolerância à glicose, exame específico para esse problema, além de avaliação odontológica completa. As gestantes que desenvolveram diabetes gestacional foram aquelas que apresentavam problemas nas gengivas. Quanto maior o sangramento ao escovar os dentes, maiores eram suas taxas de açúcar no sangue.
O diabetes gestacional habitualmente desaparece com o final da gravidez. Porém as mulheres que apresentaram esse problemas passam a ter um risco aumentado de desenvolver diabetes tipo 2 mais tarde durante a vida. A doença periodontal durante a gestação também está ligada à prematuridade. Essa nova evidência aumenta a importância do cuidado com a saúde da boca no início da gravidez para prevenir problemas mais tarde.

"VOZ EDUCADA, SAÚDE CUIDADA"

Capixabão

O que é a voz?
A voz é o som produzido pela vibração das pregas vocais (também conhecidas como cordas vocais), na laringe, pelo ar vindo dos pulmões.
A falta de conhecimento da importância de certos cuidados básicos para preservar a voz pode ter como conseqüência o desencadeamento de algumas doenças laríngeas como, por exemplo, edemas, nódulos, pólipos, úlceras de contato, entre outras.
O trabalho de reeducação tem como objetivo a adequação das estruturas fonoarticulatórias e a conscientização das pessoas para o uso adequado da voz.
As alterações vocais afetam a vida pessoal, social e, sobretudo, a profissional, gerando ansiedade e angústia. Por isso, com mais razão, os profissionais que utilizam a voz como seu instrumento de trabalho, muitas vezes, necessitam de um treinamento de apoio para desenvolver o seu potencial vocal.
Higiene Vocal
Beba água, regularmente, em temperatura ambiente, em pequenos goles. A água hidrata as pregas vocais;
Mantenha uma alimentação saudável e regular. Evite achocolatados e derivados do leite, principalmente quando for utilizar a voz como instrumento de trabalho, pois estes aumentam a secreção do trato vocal;
Evite café, bebidas gasosas e cigarro. Eles irritam a laringe. Além disso, o cigarro aumenta consideravelmente a chance de câncer de laringe e pulmão;
Coma uma maçã – ela é adstringente, ou seja, limpa o trato vocal e sua mastigação exercita a musculatura responsável pela articulação das palavras.
Na hora de acordar e levantar da cama espreguice e faça alongamentos para relaxar;
Durante o banho, deixe a água quente cair nos ombros, fazendo movimentos de rotação com a cabeça e ombros. Isso ajuda a diminuir a tensão do dia-a-dia;
Enquanto estiver falando, mantenha a postura do corpo sempre reta, no eixo, porém relaxada, principalmente a cabeça;

Utilize alguns horários do seu dia para descansar e relaxar, tentando poupar a sua voz;
Quando você estiver com uma rouquidão por mais de 15 dias, procure um otorrinolaringologista e/ou um profissional em fonoaudilogia.
Hábitos Prejudiciais
Evite gritar ou falar com muita intensidade: sempre que possível procure se aproximar da pessoa para conversar. Quando estiver escutando música ou assistindo TV, abaixe o volume, evite competição sonora;
Pigarrear – essa ação provoca um forte atrito nas pregas vocais, irritando-as;
Ingerir líquidos em temperaturas extremas, ou seja, muito gelado ou muito quente;
O fumo é altamente nocivo, pois a fumaça quente agride o sistema respiratório e principalmente as pregas vocais, podendo causar desde irritação, pigarro, edema, infecção. É considerado um dos principais fatores desencadeantes do câncer de laringe.;
O consumo de álcool em excesso também é prejudicial para as pregas vocais e tem efeito analgésico propiciando abusos vocais.;
Chupar balas ou pastilhas fortes quando estiver com a garganta irritada. Isso mascara o sintoma e a pessoa tende a forçar a voz sem perceber. Quando o efeito da bala passa, a irritação na garganta aumenta.
Ar condicionado – prejudica a mucosa das pregas vocais, pois o resfriamento é realizado através da redução da umidade do ar com conseqüente ressecamento do trato vocal, o que leva a pessoa a produzir a voz com maior esforço e tensão.
Evite a fala durante os exercícios físicos: qualquer exercício de esforço muscular junto com a fala irá provocar sobrecarga na musculatura da laringe;
Evite cantar de maneira inadequada ou abusiva em videokês ou fazer parte de corais sem preparo vocal.
Evite pastilhas refrescantes
antes de cantar/falar. Estas geralmente têm efeito “anestésico” e você pode cometer abuso vocal sem se dar conta;
Evite falar em demasia em quadros gripais ou em crises alérgicas, pois o tecido que reveste a laringe está inchado e o atrito das pregas vocais durante a fala passa a ser de forte agressão.
Evite falar muito após o consumo de grandes quantidades de aspirinas, calmantes e diuréticos: a aspirina provoca o aumento da circulação sangüínea na periferia das pregas vocais, com a associação do atrito de uma prega contra a outra há um aumento da fragilidade capilar. Os diuréticos e calmantes ressecam as mucosas;
Ingerir líquidos em temperaturas extremas, ou seja, muito gelado ou muito quente; alimentos e bebidas geladas também causam choque térmico, provocando muco e edema nas pregas vocais;
Evite usar roupas apertadas na altura do pescoço e na cintura, pois irá dificultar a livre movimentação da laringe e também a movimentação do diafragma;
Evite alimentos pesados e muito condimentados, pois além de provocar azia, má digestão e refluxo de secreções gástricas, dificulta também a movimentação livre do músculo diafragma, essencial para a respiração;
Ar condicionado – prejudica a mucosa das pregas vocais, pois o resfriamento é realizado através da redução da umidade do ar com conseqüente ressecamento do trato vocal, o que leva a pessoa a produzir a voz com maior esforço e tensão;
A prevenção vocal só depende da conscientização de cada pessoa, pois voz é um sinal de saúde e devemos tratá-la adequadamente.
Fonte: Drª Angela Guimarães Coelho

CUIDADOS COM SAÚDE BUCAL DURANTE A GESTAÇÃO


GUIA DENTAL

Enjôos e vômitos são frequentes no início da gravidez. Além do incômodo, podem provocar erosões ácidas ou descalcificações nas superfícies dos dentes, que poderão, no decorrer da gestação, auxiliar no desenvolvimento de doenças bucais, como a periodontite. O cuidado com a saúde bucal da mulher deve ser realizado com atenção e acompanhado periodicamente por um dentista, pois além de prejudicar a mulher, o bebê também corre risco. Estudos mostram que os focos de infecção podem aumentar as chances de um parto prematuro.
O tratamento dentário pode ser feito em qualquer época da gravidez, porém o mal estar sentido pelas mulheres tem maior incidência no primeiro trimestre da gestação. O segundo trimestre é o período ideal para começar um tratamento bucal durante o pré-natal, pois a mulher se sente mais a vontade neste período. No entanto, a avaliação odontológica, limpezas e check ups podem e devem ser realizados a qualquer momento, bem como os procedimentos de emergência.
“Cuidados com a higiene evitam que as mudanças que normalmente ocorrem durante a gestação prejudiquem a saúde bucal. O acúmulo de placa bacteriana nos dentes é responsável pelo aumento da suscetibilidade a cárie e gengivites (doenças periodontais)”, afirma o professor e dentista do Hospital e Maternidade Interlagos, Francisco Barata Ribeiro.
Além das mudanças naturais que acontecem com o corpo da mulher, a ingestão de alimentos cariogênicos, como doces em geral, entre as refeições, aumenta a incidência de problemas orais.
} Cuidados simples com a higiene auxiliam no tratamento, que deve ser sempre receitado por um dentista. Além disso, a substituição de doces por frutas e vegetais na alimentação evitam o aparecimento de doenças e contribuem para a saúde geral da mulher e formação do bebê.
Dicas simples de higiene bucal durante a gravidez:
Escovação dos dentes após as refeições;
Uso de fio dental;
Uso de enxaguatório bucal, que ajudam na diminuição de bactérias;
Ingestão de alimentos balanceados, de preferência que contenham vitamina B e cálcio;
Evitar ingestão de alimentos com alto índice de carboidratos, preferir frutas e vegetais;
Consultar regularmente o seu dentista

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

EXTRAÇÃO DENTÁRIA COMPROMETE A MEMÓRIA, DIZ ESTUDO

CAPIXABÃO

Toda vez que um dentista extrai um dente, ele pode estar "arrancando" também parte da memória do paciente, revelou um estudo sueco que será apresentado em Estocolmo nesta sexta-feira."Os dentes parecem ter uma importância enorme para a nossa memória", afirma Jan Bergdahl, dentista, professor associado da faculdade de psicologia da Universidade de Umeaa, no norte da Suécia, e um dos autores do estudo.Parte de uma pesquisa mais ampla sobre a memória chamada Betulastudien, o estudo acompanhou 1.962 pessoas com idades entre 35 e 90 anos desde 1988, comparando a memória daqueles que tinham todos dentes e a dos que os extraíram e passaram a usar dentaduras."As pessoas que não tinham dentes tiveram sua memória claramente afetada em comparação com aqueles que tinham", disse Bergdahl.Recentes estudos realizados com ratos no Japão também evidenciaram relação entre os dentes e a memória. Mas, de acordo com Bergdahl, este é o primeiro estudo em larga escala em humanos que claramente estabelece uma relação entre os dois pontos.A pesquisa sueca ainda precisa revelar o impacto da extração de um único dente na memória humana. Segundo Bergdahl, os pesquisadores planejam descobrir quantos dentes uma pessoa precisa perder antes que afete sua memória. "Nós também vamos investigar como a decadência do dente afeta a perda da memória e que influência têm os implantes dentários", disse o pesquisador.Ele insistiu, no entanto, que não espera que estudos futuros revelem que os implantes melhoram a memória."Eu não acho que seja provável. Testes em animais mostraram que a extração de dentes rompe nervos conectados ao cérebro", disse Bergdahl, afirmando que o estudo sueco poderá mudar dramaticamente o cuidado futuro com os dentes dos idosos."Devemos pensar duas vezes antes de arrancar dentes que apresentam problemas", afirmou.fonte: France Presse , em Estocolmo (Suécia);

PLANTAS NATIVAS PREVINEM CÁRIES

GUIA DENTAL

Pesquisas de diferentes universidades descobrem em plantas nativas do Brasil a capacidade de evitar o desenvolvimento de cáries e placas nos dentes, o que tem levado à produção de novas alternativas de enxaguantes bucais, produtos que têm o uso cada vez mais difundido entre os brasileiros, mas que, com o uso indevido, podem causar problemas como o aparecimento de manchas e até mesmo intoxicação.Um desses estudos foi desenvolvido na Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto, ligada à Universidade de São Paulo (USP), onde os cientistas criaram um antisséptico bucal feito a partir da espécie Baccharis dracunculifolia, popularmente conhecida como alecrim-do-campo ou vassourinha. A planta apresenta várias características que conferem ao produto algumas vantagens em relação às marcas disponíveis atualmente no mercado, como sabor menos forte, baixa toxicidade e ausência de efeitos como adormecimento da língua e ardência na boca. A invenção teve a patente registrada no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (Inpi) e está pronta para ser produzida em escala industrial.De acordo com um dos responsáveis pelo projeto, o farmacêutico Mateus Freire Leite, que desenvolveu o enxaguante em sua pesquisa de doutorado e atualmente é professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), o produto tem a vantagem de ser totalmente natural. “Desenvolvemos algo inovador. O enxaguatório bucal apresentou baixa toxicidade e mostrou-se ativo contra o Streptococcus mutans, um dos principais microrganismos responsáveis pela formação das cáries”, revela.Um dos problemas dos líquidos para esse fim disponíveis no mercado está no fato de que seu uso diário e prolongado pode causar manchas nos dentes. De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Odontologia (ABO), Norberto Francisco Lubiana, o uso do produto deve ser controlado. “Existe uma série de problemas relacionados ao seu uso indiscriminado, desde reações alérgicas a danos às mucosas bucais. Assim, o paciente deve sempre pedir a orientação de um dentista na hora de optar pelo uso do produto”, explica.Problemas que, segundo Leite, não ocorrem com o uso do alecrim-do-campo. “Trata-se de uma substância que não possui toxinas, além de atenuar os problemas da halitose (mau hálito)”, conta. “O produto passou também por análise sensorial, apresentando sabor agradável, com refrescância, sem provocar ardor ou sensações de dormência na língua”, completa. Para o pesquisador, essa característica pode facilitar o uso por parte das crianças.AmazôniaOutra pesquisa que promete melhorar a qualidade dos antissépticos bucais vem da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da USP em Piracicaba, e da Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP), ligada à Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Um estudo das duas entidades — que contou ainda com pesquisadores da Universidade Federal de Alfenas (Unifal) e da University of Rochester (EUA) — concluiu que uma planta conhecida como bacupari, abundante na Amazônia, também pode resultar, no futuro, em um líquido que ajude no combate às cáries.Os cientistas descobriram que a planta é rica em uma substância denominada 7-epiclusianona, que impede o crescimento de bactérias que atacam os dentes. Segundo o professor da Unifal Marcelo dos Santos, a resistência dos frutos de bacupari à ação de agentes externos, mesmo depois de caírem das árvores, foi um dos sinais que levaram os cientistas a estudarem melhor a planta. “A fruta fica conservada um bom tempo depois de cair no chão. Isso pode indicar substâncias antibacterianas na casca”, explica. “Há também relatos de pessoas que usam o extrato do fruto para tratar a afta”, completa.Testes laboratoriais em ratos comprovaram que a 7-epiclusianona é capaz de evitar o desenvolvimento de bactérias bucais. Uma das vantagens da planta está na alta concentração da substância. Segundo Santos, a maioria das substâncias que pode virar remédio está em baixíssimas concentrações nas plantas — média de 50mg para cada quilo da planta seca. “Em muitos casos, isso inviabiliza o uso direto como fármacos. Mas, no bacupari, essa quantidade é pelo menos 500 vezes maior”, comemora.Para saber maisUso deve ser moderadoOs antissépticos bucais são produtos auxiliares à escovação que previnem problemas como cáries, infecções nas gengivas e na língua e formação de placas e tártaro. No entanto, a alta concentração de substâncias corrosivas e álcool pode prejudicar a flora e a mucosa bucais, além de afetar o esmalte dos dentes e causar o surgimento de manchas.Segundo o presidente da Associação Brasileira de Odontologia (ABO), Norberto Francisco Lubiana, seu uso não deve ser diário. “A menos que seja um paciente que acabou de passar por uma cirurgia bucal e por isso não consegue passar a escova em algumas áreas da boca, o seu uso deve ser no máximo em dias alternados”, explica.Outro alerta dos dentistas é quanto a não utilizar esses produtos em substituição à escovação e ao uso do fio dental nem no tratamento de mau hálito. “Eles devem ser usados para a obtenção de uma proteção extra, jamais para substituir o uso da escova. Em casos de mau hálito, ele oferece apenas um efeito refrescante imediato, já que não limpa totalmente a boca, deixando restos de alimentos que causam o cheiro desagradável e as cáries”, completa Lubiana.

CIRURGIAS ODONTOLÓGICAS COM ULTRA-SOM

CIRURGIAS ODONTOLÓGICAS COM ULTRA-SOM

DENTISTRY

A cirurgia óssea piezo-elétrica está indicada nos casos de extrações dentárias, cirurgias de enxerto ósseo para a reconstrução dos tecidos perdidos, plastias ósseas, remoção e enucleação de cistos, implantes, e em outras técnicas Estamos numa era da odontologia que busca prevenir as doenças, e/ou tratá-las da forma menos invasiva possível. Hoje, pensa-se muito no conforto do paciente e do profissional, e na devolução da função, da saúde e da estética do sorriso através de técnicas cada vez mais práticas, simples e previsíveis, devidamente fundamentadas no universo científico. Dentro desse contexto moderno, surge a cirurgia óssea piezo-elétrica como uma alternativa interessante às cirurgias odontológicas tradicionais – realizadas com instrumentos rotatórios (brocas) ou cortantes. Esse tipo de cirurgia emprega a vibração ultrasônica para promover as modificações necessárias em osso ou gengiva.A cirurgia óssea piezo-elétrica está indicada nos casos de extrações dentárias (incluindo os dentes do ciso), cirurgias de enxerto ósseo para a reconstrução dos tecidos perdidos, plastias ósseas, remoção e enucleação de cistos, implantes, e em outras técnicas específicas.Um aparelho piezo-elétrico nada mais é do que um aparelho de ultra-som, daqueles utilizados em sessões de profilaxia e remoção de tártaro, que produz uma vibração específica (ultra-sônica) na ponta do aparelho, capaz de cortar o osso. Esses instrumentais começaram a ser empregados em cirurgias ortopédicas, e, em 2002, foi fabricado na Alemanha o primeiro aparelho piezo-elétrico específico para odontologia (PiezoSurgery, Mectron). A voltagem e a freqüência do aparelho capacitam-no apenas ao corte seletivo do osso, preservando os tecidos moles e duros adjacentes (gengiva, bochecha, lábos, raízes dos dentes, nervos). Essa característica é de extrema importância nas cirurgias odontológicas realizadas próximas ao nervo mandibular (alveolar inferior), ou ao assoalho do seio maxilar, ou a qualquer estrutura anatômica que deva ser preservada.Adicionalmente, a vibração ultrasônica da ponta ativa do aparelho (osteótomo) promove um efeito cavitacional, que é potencializado pelo spray de soro fisológico utilizado para irrigar e resfriar a região da incisão óssea. Essa irrigação gera um campo cirúrgico limpo (livre de sangue), de fácil visualização e isento do risco de necrose do osso por aquecimento. As brocas, tradicionalmente empregadas nesse tipo de cirurgia, podem gerar queimaduras ósseas seguidas de necrose, e comprometer o resultado da cirurgia. Além disso, as cirurgias convencionais geram muito desconforto ao paciente. Durante a cirurgia, o uso de brocas e cinzéis cortantes é percebido negativamente pelo paciente em função do barulho, da pressão e da vibração exercida pelo instrumental e pelo próprio profissional. O osteótomo piezoelétrico reduz significativamente o barulho, a vibração, a pressão, o aquecimento, e o desconforto pós-operatório. Alguns estudos clínicos demonstram que a recuperação do paciente é muito mais tranqüila após uma cirurgia piezo-elétrica, porque a cicatrização óssea é acelerada e a ausência de aquecimento diminui a possibilidade de ocorrerem edemas.Entretanto, toda técnica tem suas limitações. O ultra-som piezoelétrico específico para fins cirúrgicos tem custo elevado, exige uma curva de aprendizado (como todas as técnicas cirúrgicas) e não otimiza o tempo da cirurgia, que geralmente é mais demorada.Independentemente disso, a cirurgia óssea piezo-elétrica, tanto na medicina quanto na odontologia, surgiu para facilitar a prática clínica e melhorar o conforto trans e pós-cirúrgico do paciente. Mais estudos se fazem necessários para desvendar porque a cicatrização óssea torna-se acelerada, e de que forma essa técnica pode contrubuir ainda mais para a odontologia moderna.Dr. Maristela Maia Lobo

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

PIERCING NA LÍNGUA PODE LEVAR AO CÂNCER

PORTAL DENTAL PRESS

Se levarmos em consideração que a língua é formada por um músculo, com nervos e vasossanguíneos, torna-se óbvio que a sua perfuração trará conseqüências ao indivíduo. Sendo a cavidade bucal um ambiente úmido, com temperatura relativamente constante e que abriga mais de 300 espécies de bactérias, fungos e vírus, o resultado de qualquer ferida mais profunda será agravado por essas condições", explica o cirurgião-dentista especializado em estética Caio Racy.O especialista lista os principais problemas que podem ser enfrentados por quem opta pelo piercing na língua:- Fratura dental- Retração e destruição gengival- Úlcera traumática: lesão dolorosa que tem como principal exemplo a afta;- Granuloma piogênico: tumor vascular benigno que sangra facilmente;- Leucoplasia: mancha ou placa esbranquiçada aderida à superfície da língua, potencialmente cancerizável;- Papiloma: tumor epitelial benigno na forma de verruga;- Displasia epitelial: alteração da camada que recobre a língua;Fibroma: tumor benigno do tecido conjuntivo.Além disso, muito se fala do potencial carcinogênico do trauma na mucosa bucal. Já se sabe que o câncer bucal é uma doença multifatorial e que o trauma está presente em vários casos. Portanto, não se pode descartar nem afirmar a existência dessa associação. "Vale lembrar que hábitos nocivos, como o uso de álcool e fumo, aumentam a incidência desses malefícios", alerta o dentista.É importante salientar que essas conseqüências independem das condições de higiene em que são colocados os piercings. "Elas podem ocorrer mesmo que os piercings sejam colocados em locais que seguem rigorosas normas sanitárias. Portanto, os jovens devem ser orientados no sentido de não utilizarem esse adorno em razão de suas implicações já conhecidas", diz o dentista.

GRAVIDEZ SAUDÁVEL REQUER PRÉ-NATAL ODONTOLÓGICO

CAPIXABÃO

Acompanhamento do dentista durante a gestação colabora para o bem-estar da mãe e do bebê.BRASÍLIA - A assistência odontológica também deve fazer parte do pré-natal da gestante. Esse novo conceito foi introduzido no Brasil, na segunda metade dos Anos 90, a partir de estudos desenvolvidos pela Universidade de São Paulo."É fundamental que o acompanhamento odontológico faça parte do pré-natal" defende a odontopediatra Liliane Narciso, que em 18 anos de atuação profissional especializou-se no tratamento de bebês, adolescentes e gestantes. "A visita ao dentista é muito importante durante a gestação porque as carências nutricionais, infecções e uso de determinados medicamentos podem acarretar problemas no desenvolvimento normal dos dentes do bebê" defende Narciso.Cuidados essenciais"A preocupação com a saúde bucal da criança começa quando ela ainda está no ventre materno, com a alimentação adequada da mãe, uma vez que todo o cálcio empregado na formação óssea do bebê provêm dos alimentos ingeridos por ela", destaca Liliane. Problemas com os dentes e as gengivas da gestante indicam que alguma coisa não vai bem. E se a saúde da mãe não está em perfeitas condições, a formação dos dentes do bebê, que começa por volta dos 5º mês de gestação, pode ficar comprometida.Na primeira consulta com a futura mamãe, Liliane faz uma limpeza nos dentes da gestante e fornece orientações sobre a higiene bucal do bebê e algumas dicas de amamentação. Também aproveita esse contato para falar da importância de criar hábitos de higiene saudáveis nos filhos, principalmente, no que diz respeito a escovação e ao consumo de alimentos ricos em açúcar.Na segunda visita, geralmente marcada para três meses depois, ou assim que se encerra o segundo trimestre da gravidez, Liliane reforça a importância da amamentação e da prevenção de problemas na arcada dentária do bebê. É neste momento, que a odontopediatra repassa as primeiras dicas sobre a higienização bucal do nenê que está prestes a chegar."Toda futura mãe segue a orientação de especialistas para manter a sua saúde e a do bebê em perfeitas condições. O pré-natal odontológico é um processo simples que representa mais qualidade de vida para a mãe e para o filho, tanto durante a gestação, quanto para a vida toda" defende Liliane.

PLANTAS NATIVAS DA REGIÃO NORTE SÃO NOVAS ALTERNATIVAS DE ENXAGUANTES BUCAIS


PORTAL DENTAL PRESS

Os brasileiros estão ficando cada vez mais adeptos aos enxaguantes bucais e isso tem feito com que especialistas produzam novas alternativas do produto, que tem o objetivo de evitar o desenvolvimento de cáries e placas nos dentes.A novidade agora é que universidades brasileiras estão descobrindo em plantas nativas um antisséptico bucal feito a partir da espécie popularmente conhecida como alecrim-do-campo ou vassourinha.Esta inovação é porque a planta apresenta várias características que conferem ao produto algumas vantagens em relação às marcas disponíveis atualmente no mercado, pois propicia um sabor menos forte, baixa toxicidade e ausência de efeitos como adormecimento da língua e ardência na boca.“Universidades do país desenvolvem antissépticos bucais a partir do alecrim-do-campo e do bacupari, fruta abundante na Região Norte”, ressalta a dentista, Christiane Toriy.Esta outra planta (fruta) citada pela dentista é rica em uma substância denominada 7 – epiclusianoma, que é capaz de impedir o crescimento de bactérias que atacam os dentes. Vale ressaltar que a maioria das substâncias que pode virar remédio está em baixíssimas concentrações nas plantas – média de 50 mg para cada quilo da planta seca.

HIGIENIZAÇÃO BUCAL: CUIDADOS DEVEM COMEÇAR NA INFÂNCIA


GUIA DENTAL

A prática da escovação e limpeza dos dentes é um cuidado que deve começar ainda na infância, para que se torne hábito entre as pessoas. Um levantamento feito pelo Ministério da Saúde aponta que a maioria da população não sabe e não têm o hábito de escovar os dentes e utilizar o fio dental.Os resultados da pesquisa apontam que 60% das crianças com até cinco anos de idade têm cárie e que apenas 55% dos adolescentes possuem todos os dentes. Além disso, o problema pode se agravar na idade adulta. O mesmo estudo revelou que menos de 23% dos adultos e menos de 8% dos idosos têm gengivas saudáveis.Especialistas na área afirmam que esses são problemas que podem ser evitados, desde que as pessoas escovem os dentes corretamente e que visitem o dentista periodicamente. Com o objetivo de ajudar as pessoas a cuidarem de sua higiene bucal, a Gift do Brasil – empresa especializada em oral care – desenvolveu estojos exclusivos para transportar e proteger os produtos de higienização (escova, creme e fio dental) com segurança e praticidadeSegundo o presidente da empresa, Nilson Souza, os estojos são patenteados e surgiram para que as pessoas possam utilizar os produtos em qualquer lugar. “Os restos de alimentos que ficam entre os dentes podem ocasionar vários problemas, desde a cárie até uma doença mais séria como a gengivite. Por isso, é indicado escovar os dentes após cada refeição e, sabendo que grande parte das pessoas faz as refeições fora de casa, desenvolvemos os estojos para serem carregados e utilizados em qualquer lugar, garantindo uma higienização bucal saudável e segura”, destaca.Os estojosDe acordo com a Associação Brasileira de Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos – Abihpec (2008), o Brasil é o segundo maior mercado de produtos de higiene oral do mundo, com uma participação de 9,2%, perdendo apenas para os Estados Unidos. A Gift do Brasil é uma das grandes empresas que faz parte dessa fatia do mercado e conta com um amplo mix de produtos. Todos os estojos da empresa são patenteados e desenvolvidos para todos os tipos de público, desde o infantil até o adulto.O lançamento mais recente é Gift Floss, o único estojo com escova, creme de dente e fio dental acoplado à tampa. Um dos detalhes é que os estojos podem ser personalizados, de acordo com a necessidade e criatividade de cada cliente.

TECNOLOGIA NOS CONSULTÓRIOS ODONTOLÓGICOS


PORTAL DENTAL PRESS

A tecnologia chegou aos consultórios odontológicos e já é uma das principais aliadas dos cirurgiões-dentistas na hora de elaborar tratamentos ou planejar cirurgias. O uso de imagens geradas por Tomografia Computadorizada (TC) ganha o espaço das radiografias e fornece material capaz de gerar modelos tridimensionais em tamanho real dos dentes, ossos e estruturas associadas.O uso da tomografia para a confecção de protótipos é uma inovação na Ortodontia trazida pelo doutor Jorge Faber. Ele explica que a técnica já é conhecida da medicina, mas na odontologia o método ainda é novo. “Ainda há muita resistência por parte dos profissionais, já que a técnica exige amplo conhecimento em informática e muitos não têm este treinamento”, avalia.Faber ressalta a qualidade dos protótipos confeccionados a partir de imagens de Tomografia Computadorizada. “A reprodução das imagens da tomografia nos modelos de prototipagem, em resina, tem distorção mínima. A semelhança ao corpo do paciente é de 99%”, ressalta. A qualidade é tamanha que até outras deficiências ou disfunções na região da face podem ser observadas. “Em um destes processos, diagnosticamos um tumor na mandíbula de uma paciente”, conta o ortodontista.Os modelos de protótipos ajudam na comunicação com o paciente. “Com o protótipo fica mais fácil explicar como será o procedimento”, conta o ortodontista Jorge Faber. Além disso, é possível planejar cirurgias ortognáticas, por exemplo. Com o tratamento individualizado, o tempo do procedimento é reduzido em até 50%. “A rapidez no processo cirúrgico influencia o pós-operatório, que passa a ser menos incômodo e com menos riscos de infecções”, conclui.O uso de protótipos para diagnóstico otimiza o planejamento de tratamentos ortodônticos, com modelos capazes de eliminar a imagem do osso. No caso de dentes inclusos, que atingem 2,2% da população mundial, o protótipo indica ao dentista a exata posição do dente e o seu relacionamento com o osso e com outros dentes.A prototipagem permite criar acessórios e dispositivos de ancoragem esquelética individualizados de acordo com a necessidade de cada paciente e seguindo a sua anatomia. O tracionamento ou avanço da maxila, por exemplo, pode ser realizado por um processo alternativo com ancoragem esquelética, confeccionando-se placas específicas a partir dos protótipos. “Com estas pequenas placas, os impactos em outros dentes são diminuídos”, conta Faber.TécnicaPara chegar ao modelo final, em resina, o processo passa por algumas fases. Primeiro, o paciente faz a TC e, com auxílio de um programa de computador, as imagens geradas em cortes axiais de 1mm são sobrepostas, formando um modelo tridimensional virtual. Então, é possível selecionar as áreas desejadas para impressão pela densidade do tecido. “Conseguimos excluir todo o tecido mole, ficando apenas os ossos e os dentes”, explica o Dr. Faber.A impressão da imagem em três dimensões é possível graças à técnica israelense de estereolitografia, que imprime peças sólidas em resina a partir de imagens tridimensionais geradas por computador. O material é translúcido, o que facilita a visualização das estruturas anatômicas. “Pela transparência do material conseguimos ver o limite dente-osso”, conta o dentista. A confecção dos modelos é rápida, e leva cerca de 10 dias para ficar pronta.

ALERTA CONTRA TUMORES NA BOCA

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Pouco conhecido entre a população brasileira e nem sempre reconhecido por clínicos gerais e otorrinos, o câncer bucal tem feito cada dia mais vítimas no país. A doença é considerada por alguns especialistas um sério problema de saúde pública. A Agência Internacional para Pesquisas do Câncer (Iarc) alerta que o Brasil é a 4ª nação do mundo com maior incidência desse tipo de tumor, ficando atrás apenas do Paquistão, da Índia e da França.A medicina considera como câncer bucal os tumores de lábio, gengiva, língua, céu e assoalho da boca. O diagnóstico não é difícil e pode ser feito por dentistas ou médicos, mas a maioria dos pacientes chega aos oncologistas e cirurgiões de cabeça e pescoço quando o mal está em estágio avançado. Fumo, álcool e descuido com a saúde bucal são os principais fatores que levam à doença. Os homens são os mais atingidos pela neoplasia. Entre eles, a incidência pode chegar a quase 20 casos para cada 100 mil habitantes em algumas regiões do Brasil, afetando principalmente aqueles de classes sociais menos privilegiadas e que normalmente têm pouco acesso aos serviços médicos.O oncologista chefe da seção de cabeça e pescoço do Instituto Nacional de Câncer (Inca), Fernando Luiz Dias, explica que quando os tumores são identificados em fase inicial, a possibilidade de cura alcança os 90%. "Infelizmente, poucas vítimas do câncer de boca têm oportunidade de tratar o problema nessa fase. Oito em cada 10 pacientes que apresentam a doença em estágio avançado passaram previamente pelas mãos de médicos incapazes de identificá-la", lamenta.Feridas que não regridem com tratamentos simples, perda de sensibilidade, manchas brancas ou vermelhas na boca , dificuldade em mover a língua e mau hálito persistente são alguns dos sintomas do câncer bucal. "As manifestações são evidentes, mas as pessoas costumam ignorar os perigos e danos que uma lesão na boca pode causar. Além disso, temos carência de serviços especializados em cabeça e pescoço no Brasil", observa Dias.CansaçoA dona de casa Vilcelina Abadia Faria, 52 anos, consultou quatro médicos antes de ter o diagnóstico do câncer de língua confirmado. "Moro em Manaus, onde consultei um otorrino, um clínico geral, um dentista e um gastroenterologista, que sequer suspeitaram do câncer", desabafa. Cansada de tratar a lesão na língua com remédios para afta, que não resolviam o problema, a paciente buscou atendimento em Brasília. "Sentia muita dor no local da ferida. Um dentista diagnosticou o tumor e me aconselhou a fazer a cirurgia em São Paulo. O meu caso exigia um cirurgião plástico especialista em língua, disponível somente na capital paulista. Acredito que me curei porque tive condições de recorrer a profissionais especializados", avalia Vilcelina.Além do cigarro e da falta de higiene bucal, a doença pode ser desencadeada pelo uso de próteses dentárias mal adaptadas, que machucam cronicamente a mucosa da boca. Alimentação rica em calorias e pobre em frutas e vegetais, dentes danificados ou placas bacterianas e exposição frequente dos lábios ao sol também são fatores de risco. "A associação fumo e álcool potencializa as chances de desenvolver o câncer de boca. Cerca de 80% dos pacientes são fumantes e consumidores de álcool. Infelizmente, as autoridades sanitárias e da área de saúde não dão a devida atenção ao câncer bucal. A demora no diagnóstico resulta em maior custo do tratamento, maior ausência ao trabalho, aumento de aposentadorias e grande índice de mortalidade", alerta o dentista Frederico Salles, profissional que diagnosticou o câncer de Vilcelina.MultidisciplinarDiretor do Departamento de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital A. C. Camargo, em São Paulo, o oncologista Luiz Paulo Kowalski explica que o tratamento é multidisciplinar. "Tumores em estágio inicial são retirados com cirurgia. Para as lesões médias e avançadas, se faz necessário complementar o procedimento cirúrgico com radio e quimioterapia. Em muitos casos, é fundamental que fonoaudiólogos, psicólogos e fisioterapeutas integrem a equipe", diz o médico.Atento à evolução da doença no Brasil e no mundo, e baseado em pesquisas realizadas em diversos países, Kowalsky faz um alerta: enxaguantes bucais usados com frequência sem prescrição médica favorecem o desenvolvimento do câncer oral. "Algumas marcas do produto chegam a ter 26% de álcool. Isoladamente, o álcool não é um agente causador da doença, mas uma enzima do nosso organismo o transforma em uma substância que altera as células da boca e causa tumores. Quem puder, deve optar por enxaguantes sem álcool", aconselha o oncologista.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

AÇÚCAR NO PREPARO DA MAMADEIRA DOBRA O RISCO DE CÁRIES EM CRIANÇAS, DIZ PESQUISA


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A combinação de leite quente e colo de mãe é a receita perfeita para a hora do sono dos bebês. O hábito comum entre muitas crianças pode causar problemas à saúde. Uma pesquisa revela que açúcar na mamadeira dobra o risco de caries em crianças.O alerta saiu do laboratório da Unicamp de Piracicaba, interior de São Paulo. Durante um ano e meio, pesquisadores avaliaram como os dentes de leite reagem quando estão expostos ao leite em pó. Os resultados são preocupantes.“Tanto o leite, leite mesmo, e o leite à base de soja foram capazes de levar uma pequena perda mineral, pequena quantidade de cárie. Quando o açúcar foi adicionado, a quantidade de cárie dobrou”, disse Cinthya Machado Tabchury, orientadora da pesquisa.Como não é permitido fazer estudos com crianças, a alternativa foi usar próteses de dentes de leite em adultos. “Simulamos uma criança sem escovar os dentes, tomando leite oito vezes ao dia”, diz Anna Maria Pappa, pesquisadora.“Não precisa escovar todas as vezes que tomar a mamadeira, mas pelo menos três vezes ao dia e sempre, a mais rigorosa, ante de dormir. Se acontecer de a criança tomar a mamadeira e pegar no sono, a mãe faz uma limpeza com a criança mesmo dormindo com a escova de dente ou com um paninho e água filtrada”, diz Roberta Pimenta, dentista.

ALERTA CONTRA TUMORES NA BOCA


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Pouco conhecido entre a população brasileira e nem sempre reconhecido por clínicos gerais e otorrinos, o câncer bucal tem feito cada dia mais vítimas no país. A doença é considerada por alguns especialistas um sério problema de saúde pública. A Agência Internacional para Pesquisas do Câncer (Iarc) alerta que o Brasil é a 4ª nação do mundo com maior incidência desse tipo de tumor, ficando atrás apenas do Paquistão, da Índia e da França.A medicina considera como câncer bucal os tumores de lábio, gengiva, língua, céu e assoalho da boca. O diagnóstico não é difícil e pode ser feito por dentistas ou médicos, mas a maioria dos pacientes chega aos oncologistas e cirurgiões de cabeça e pescoço quando o mal está em estágio avançado. Fumo, álcool e descuido com a saúde bucal são os principais fatores que levam à doença. Os homens são os mais atingidos pela neoplasia. Entre eles, a incidência pode chegar a quase 20 casos para cada 100 mil habitantes em algumas regiões do Brasil, afetando principalmente aqueles de classes sociais menos privilegiadas e que normalmente têm pouco acesso aos serviços médicos.O oncologista chefe da seção de cabeça e pescoço do Instituto Nacional de Câncer (Inca), Fernando Luiz Dias, explica que quando os tumores são identificados em fase inicial, a possibilidade de cura alcança os 90%. "Infelizmente, poucas vítimas do câncer de boca têm oportunidade de tratar o problema nessa fase. Oito em cada 10 pacientes que apresentam a doença em estágio avançado passaram previamente pelas mãos de médicos incapazes de identificá-la", lamenta.Feridas que não regridem com tratamentos simples, perda de sensibilidade, manchas brancas ou vermelhas na boca , dificuldade em mover a língua e mau hálito persistente são alguns dos sintomas do câncer bucal. "As manifestações são evidentes, mas as pessoas costumam ignorar os perigos e danos que uma lesão na boca pode causar. Além disso, temos carência de serviços especializados em cabeça e pescoço no Brasil", observa Dias.CansaçoA dona de casa Vilcelina Abadia Faria, 52 anos, consultou quatro médicos antes de ter o diagnóstico do câncer de língua confirmado. "Moro em Manaus, onde consultei um otorrino, um clínico geral, um dentista e um gastroenterologista, que sequer suspeitaram do câncer", desabafa. Cansada de tratar a lesão na língua com remédios para afta, que não resolviam o problema, a paciente buscou atendimento em Brasília. "Sentia muita dor no local da ferida. Um dentista diagnosticou o tumor e me aconselhou a fazer a cirurgia em São Paulo. O meu caso exigia um cirurgião plástico especialista em língua, disponível somente na capital paulista. Acredito que me curei porque tive condições de recorrer a profissionais especializados", avalia Vilcelina.Além do cigarro e da falta de higiene bucal, a doença pode ser desencadeada pelo uso de próteses dentárias mal adaptadas, que machucam cronicamente a mucosa da boca. Alimentação rica em calorias e pobre em frutas e vegetais, dentes danificados ou placas bacterianas e exposição frequente dos lábios ao sol também são fatores de risco. "A associação fumo e álcool potencializa as chances de desenvolver o câncer de boca. Cerca de 80% dos pacientes são fumantes e consumidores de álcool. Infelizmente, as autoridades sanitárias e da área de saúde não dão a devida atenção ao câncer bucal. A demora no diagnóstico resulta em maior custo do tratamento, maior ausência ao trabalho, aumento de aposentadorias e grande índice de mortalidade", alerta o dentista Frederico Salles, profissional que diagnosticou o câncer de Vilcelina.MultidisciplinarDiretor do Departamento de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital A. C. Camargo, em São Paulo, o oncologista Luiz Paulo Kowalski explica que o tratamento é multidisciplinar. "Tumores em estágio inicial são retirados com cirurgia. Para as lesões médias e avançadas, se faz necessário complementar o procedimento cirúrgico com radio e quimioterapia. Em muitos casos, é fundamental que fonoaudiólogos, psicólogos e fisioterapeutas integrem a equipe", diz o médico.Atento à evolução da doença no Brasil e no mundo, e baseado em pesquisas realizadas em diversos países, Kowalsky faz um alerta: enxaguantes bucais usados com frequência sem prescrição médica favorecem o desenvolvimento do câncer oral. "Algumas marcas do produto chegam a ter 26% de álcool. Isoladamente, o álcool não é um agente causador da doença, mas uma enzima do nosso organismo o transforma em uma substância que altera as células da boca e causa tumores. Quem puder, deve optar por enxaguantes sem álcool", aconselha o oncologista.

ALIMENTOS QUE MANCHAM OS DENTES


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Basta tomar um café ou comer uma salada de beterrabas — pigmentos presentes na bebida ou na hortaliça logo, logo impregnam a superfície dos dentes. Com o tempo — e uma higiene bucal inadequada —, tanta tinta dá origem a manchas na dentição ou escurece literalmente o sorriso. Não à toa. Qualquer comida dotada de pigmentação intensa pode provocar essa chateação. “Molhos de soja, refrigerantes à base de cola e sucos coloridos artificialmente estão entre os que mais mancham”, afirma o dentista carioca Alexandre Cardoso, da Sociedade Brasileira de Reabilitação Oral. “Quando o esmalte dentário já se encontra mais desgastado, surgem microporos que permitem a deposição de pigmentos sobre os dentes”, explica Cardoso. Assim, a idade ou o péssimo hábito de exagerar nos doces podem contribuir para o surgimento desses buraquinhos que patrocinam esse atentado à estética.Para minimizar o problema, o especialista recomenda fazer bochechos com água logo após a ingestão de certos alimentos e bebidas. Isso ajuda a eliminar o excesso de substâncias capazes de tingir os dentes. Mais tarde, porém, não deixe de investir na escova e no fio dental para garantir a limpeza completa. Lembre-se apenas de que, depois de ingerir algo ácido e rico em pigmentos — como uma taça de vinho tinto —, o melhor a fazer é esperar cerca de uma hora para realizar a escovação. Dessa forma, evita-se um maior desgaste do esmalte que protege os dentes.Há também quem desconfie que vegetais aparentemente inofensivos, como a alface, já abrigariam substâncias que povoam de manchinhas a dentição. “Mas isso não se compara ao risco oferecido pelo café”, compara Cardoso. O problema dessa bebida, aliás, é que seus amantes a degustam o dia inteiro. E é improvável que, a cada gole, corram ao banheiro para lavar a boca. Não por acaso, quem mantém esse costume por anos e anos fica com os dentes amarelos ou até enegrecidos. O conselho, portanto, é maneirar no seu consumo e enxaguar a boca sempre depois de saboreá-lo. O mesmo recado vale par os refrigerantes que, além de cheios de corantes, são ácidos e danificam o esmalte dental.Não é preciso excluir alimentos que marcam presença no seu cardápio, sobretudo os saudáveis como a beterraba. O fundamental é higienizar os dentes após as refeições — inclusive depois do lanche da tarde — e conservá-los firmes e fortes para afastar de manchas a encrencas mais sérias. E, claro, não deixe de visitar o dentista a cada seis meses.Alimentos perfeitos para os dentesO que uma goiaba, um copo de leite e um quindim têm a ver com o seu sorriso? Bem, você poderia dizer de bate-pronto que, depois de engolidos, eles emporcalham seus dentes e, daí, só mesmo uma bela escovação seria capaz de deixar sua boca nova em folha. A resposta não está totalmente equivocada, mas hoje se sabe que as refeições também prestam um tremendo serviço à cavidade bucal. Substâncias como a vitamina C da goiaba e o cálcio do leite, por exemplo, protegem a gengiva e os dentes. E alimentos tidos como estraga-prazeres, caso do irresistível quindim, não precisam ser tão temidos, desde que consumidos com moderação, na hora e do jeito certos.A goiaba pode ser uma grande aliada da sua boca, pois é rica em vitamina C. E ainda conta com fibras, que auxiliam na limpeza dos dentes

A IMPORTÂNCIA DOS LIMPADORES LINGUAIS PARA OS PACIENTES IDOSOS


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A cada dia mais, especialmente nos indivíduos que ingerem muitos medicamentos por dia e ainda mais nos acamados, quer seja no hospital ou em casa, é primordial. Usar um limpador de língua permite que possam limpar as porções realmente posteriores da língua que é onde se acumulam mais restos alimentares. Estes acúmulos, além da chance de propiciar a formação de mau-hálito, fecham/ocluem os botões gustativos da língua, que é por meio de onde sentimos o gosto dos alimentos, que acaba levando as pessoas a colocarem mais sal ou açúcar para melhor sentirem o gosto dos alimentos. Além disto e ainda mais grave nos pacientes acamados, é que esta região da língua acumula muitos grupos de bactérias causadoras de pneumonias em pacientes debilitados ou propensos a problemas pulmonares.Existem diversos formatos de limpadores de língua, mas os 2 grandes tipos são os raspadores linguais - que têm uma ponta mais ativa que remove os restos alimentares de fato e os higienizadores linguais - que são arredondados e particularmente indicados para pacientes debilitados ou vivendo acamados. A freqüência de uso dos raspadores (em pessoas saudáveis) deve ser diária e é o ultimo passo de uma higiene bucal efetiva. Nas pessoas adoentadas/anêmicas o uso deve ser de acordo com as condições físicas de cada um, indo desde dia-sim, dia-não - sempre com muita leveza - até semanal. Nestes pacientes debilitados deve-se usar apenas os higienizadores linguais arredondados totalmente em sua ponta ativa.O uso destes artefatos é muito antigo e existem relatos desde o século XVII, com a utilização de diversos materiais disponíveis em cada época/ país. Mas só no final do século XX e início do Século XXI vem sendo dada a real dimensão da importância de seu uso para parcelas cada vez maiores da população.Por que o uso dos limpadores linguais é de extrema importância para os idosos?Como esta faixa etária tende a ingerir mais medicamentos,há uma diminuição do fluxo de saliva, que limpava também a porção posterior da língua. A Hipertensão é extremamente incidente acima dos 80 anos, por isto, tudo que ajude a prevenir seu avanço inexorável deve ser utilizado e sentir melhor o gosto dos alimentos (e usar menos sal na alimentação) é fundamental. O mesmo se aplica à diabetes, em relação ao açúcar. Mais crítico ainda é porque diversos trabalhos realizados por pneumologistas internacionais mostram que a porção posterior é um depósito de bactérias patogênicas ao pulmão e sistema respiratório e elas são um presságio das nefastas pneumonias, uma das doenças de maior mortalidade entre os idosos avançados e/ou acamados.

BRASIL TEM 24,6 MILHÕES DE FUMANTES, REVELA IBGE


ASSPREVISITE /AGÊNCIA BRASIL / IMIRANTE - Por Isabela Vieira

Cerca de 24,6 milhões de brasileiros com mais de 15 anos são fumantes. A maioria é de homens, tem entre 25 e 44 anos, é preta ou parda, vive em áreas rurais, predominantemente na Região Sul e não tem a intenção de largar o hábito no curto prazo.As informações são da Pesquisa Especial do Tabagismo, divulgada hoje (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), uma publicação inédita que usou metodologia internacional com objetivo de auxiliar em políticas de combate ao fumo. A pesquisa foi feita com os dados do Ministério da Saúde e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), .De acordo com o documento, os fumantes no país gastam, em média, R$ 78 por mês com o vício. Cerca de 87% fumam regularmente, consomem entre 15 e 24 unidades por dia e o primeiro cigarro costuma ser acesso entre os seis e 30 minutos depois de acordar.A maioria começou a fumar entre 17 e 19 anos. Atualmente, a faixa de 25 e 44 anos concentra 42% do percentual de fumantes e o número de homens é o dobro do de mulheres. Em 2008, eles somavam 14,8 milhões de fumantes (21,6% da população masculina) e as mulheres eram 9,8 milhões (13,1% das mulheres). Quanto à raça, predominam pretos (19%) e pardos (15,3%).De acordo com o nível de instrução, as proporções mais expressivas de fumantes estavam entre aqueles sem nenhum tipo de estudo ou com pelo menos um ano de escolarização (25,7%). Quanto à renda, 70% vivia com até um salário mínimo.De acordo com uma das responsáveis pela pesquisa, Marcia Quintslr, o fumo está ligado a fatores sócio-econômicos e não somente culturais. “Ficou claro na pesquisa que os fumantes se apresentam em maior percentual entre aqueles com menor escolaridade e rendimentos”, destacou.A Região Sul apresentou o percentual mais elevado de fumantes, 19%. Menos pessoas fumam no Centro-Oeste (16,6%) e no Sudeste (16,7%). Dos 10,4 milhões de fumantes da Região Sudeste, a maioria (20,4%) está na área rural.

PACIENTE VAI PODER FINANCIAR TRATAMENTO NO DENTISTA

ASSPREVISITE / JORNAL DA TARDE - Por Paulo Justus

Parceria entre sindicato dos dentistas e financeira vai permitir o pagamento dos procedimentos odontológicos em até 36 vezes a partir do ano que vem. Aposentados terão a opção do crédito consignado, com taxas de juros menoresA facilidade do crédito deve deixar muita gente de boca aberta no ano que vem. A partir de janeiro, os 60 mil dentistas do Estado de São Paulo vão ter a oportunidade de financiar o tratamento de seus pacientes em até 36 meses, com a parceria entre o Sindicato dos Odontologistas do Estado de São Paulo (Soesp) e a financeira OdontoFin. Com isso, os profissionais esperam ampliar o número de clientes atendidos nos consultórios e permitir que mais pessoas tenham acesso a tratamentos complexos que ainda não são cobertos pelos planos de saúde odontológicos.Os detalhes dos financiamentos ainda vão ser acertados até o lançamento oficial da parceria, marcado para 14 de dezembro. De acordo com o Soesp, será possível parcelar os pagamentos em até seis vezes com desconto direto em folha de pagamento para as empresas, associações ou sindicatos que tenham convênio com a Caixa Econômica Federal. Para financiamentos mais longos, a OdontoFin vai intermediar a modalidade de Crédito Direto ao Consumidor em até 36 meses. Para aposentados, a financeira vai operar na modalidade de crédito consignado, com juros menores. “Normalmente os procedimentos odontológicos financiados custam R$ 1,5 mil”, diz Gil Fonseca Barison, sócio da OdontoFin.Para o dentista Dirceu Vieira, a possibilidade de financiamento vai possibilitar que tratamentos que antes eram feitos em partes, por causa do alto custo, sejam feitos de uma vez só. “É comum que os pacientes não façam os tratamentos grandes de uma vez, por causa da parte financeira”, diz. Os procedimentos mais caros, segundo ele, chegam a custar o mesmo que um carro popular.Outra vantagem para os pacientes é ter mais condições para pagar alguns procedimentos não cobertos pelos planos odontológicos. “A grande maioria dos planos não cobre restaurações com placas de porcelana, por exemplo, nem coroas estéticas que não usam metal”, diz Vieira.Para o presidente do sindicato, Pedro Petrere, a modalidade de financiamento vai possibilitar também ao dentista que aumente a proporção de clientes particulares. “Assim ele pode obter uma renda melhor, já que os planos odontológicos estão pagando cada vez menos”, diz.O financiamento terceirizado retira do dentista os riscos em cima do calote dos clientes e também o desgaste que a cobrança causa. “Quando exercida de forma veemente, a cobrança pode afastar clientes e parentes deles”, diz Barison, da OdontoFin. Para a dentista Hideko Oda, o convênio resolve um problema de gestão comum a vários consultórios. “O dentista é um profissional técnico, que normalmente não aprende a gerir uma empresa”, diz ela.Com o aumento da renda da população, a procura por tratamento odontológico tem crescido rapidamente nos últimos anos. Dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) mostram que a receita das operadoras exclusivas de planos odontológicos foi de R$ 1,2 bilhão em 2008, um crescimento de 8,3% em relação a 2007. Parte desse crescimento se deve justamente à dificuldade de se pagar um dentista particular, de acordo com o presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Odontologia de Grupo (Sinog), Carlos Squillaci. “O brasileiro não tem condição de pagar um dentista particular, então paga o plano”, diz. Segundo ele, o baixo valor dos planos, em torno de R$ 10 e R$ 15 é o que mais estimula o crescimento do setor.Squillaci acredita que os planos de saúde odontológicos não devem sofrer concorrência do sistema de financiamento que será oferecido pelo sindicato. “Não creio que os dentistas achem que os preços pagos são baixos, até porque 60% dos dentistas do País são credenciados a algum tipo de plano”, informa. Ele acrescenta que os pacientes devem tomar cuidado caso os financiamentos sejam vendidos como planos de saúde.O diretor de normas e habilitações de operadoras da ANS, Alfredo Cardoso, diz que o financiamento odontológico, caso seja destinado a parcelar um tratamento específico é permitido. “O dentista é um profissional liberal que pode oferecer o financiamento ao consumidor”, diz.

CONAR ADVERTE PROPAGANDA DE CLAREADOR DE DENTES


GUIA DENTAL

Atendendo solicitação da Associação Brasileira de Odontologia (ABO), o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) divulgou ofício em que recomenda a readequação dos anúncios do Gel Clareador Extra White, que não fazem referência à importância do acompanhamento profissional no processo de clareamento dental, entre outras irregularidades, segundo dentistas.O clareamento dental, procedimento odontológico que, se realizado sem o acompanhamento do cirurgião-dentista, pode causar sérios danos à saúde bucal, vinha sendo anunciado irregularmente na mídia nacional a despeito dos alertas emitidos pela ABO e de resolução do Conar, que, em agosto de 2007, sob orientação da entidade odontológica, determinou a readequação da campanha publicitária.RiscoNo parecer oficial emitido anteriormente, o Conar recusou a argumentação do denunciado, alegando que a inserção da frase “o dentista deve ser consultado regularmente” é “absolutamente insuficiente para indicar a necessidade de acompanhamento odontológico para o tratamento de clareamento, expondo os consumidores a risco”.No novo parecer, o Conar volta a reprovar o anúncio, advertindo os responsáveis.Contra-indicaçõesO parecer original do Conar também chamou a atenção para outra irregularidade dos anúncios, a lista de contra-indicações: “Ao se analisarem as contra-indicações, é fácil perceber que uma pessoa leiga dificilmente estaria habilitada a discernir se a sua condição permitiria o uso do produto ou não”.Segundo a campanha publicitária, o Gel Clareador Extra White não é indicado a “pessoas portadoras ou com pré-disposição ao câncer, com patologias periodontais, dentes sensíveis, problemas gástricos, reação alérgica aos componentes do produto, colo exposto por retração gengival, rizogênese incompleta (idade menor que 17 anos), em uso de medicamentos a base de sulfato ferroso e minociclina e que apresentem fraturas nos elementos dentais ou com desgaste incisal pronunciado”.Em face das argumentações da ABO e das conclusões do Conselho Superior do Conar, o relator do processo, Flávio Vormittag, entendeu que “estão evidenciadas infrações ao Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária”. Desta forma, o Conar determinou a readequação dos anúncios, “de forma a deixar claro para o consumidor que o produto somente pode ser utilizado sob a orientação e acompanhamento de cirurgião-dentista”.VigilânciaNão é a primeira vez que o Conar atende a uma solicitação da ABO pela readequação de anúncio publicitário contrário à promoção da saúde bucal. Em 2005, a entidade conseguiu exigiu providências do órgão quanto a propaganda de TV da Coca-Cola que mostrava uma jovem abrindo uma garrafa de refrigerante com os dentes. Em ofício enviado ao Conar, a ABO explicou os sérios danos que esse movimento pode causar à saúde bucal, e que o comercial poderia estimular os telespectadores, especialmente crianças, a fazer igual.O Conar atendeu o pedido e suspendeu a propaganda, e a Coca-Cola a retirou do ar. A notícia foi divulgada pela assessoria de imprensa da ABO e teve muita repercussão na grande mídia nacional.