quarta-feira, 4 de novembro de 2009

OPERAÇÃO ODONTOMA, EM BAURU, DEFLAGRA IRREGULARIDADES NO SUS

JORNAL DO SITE ODONTO
Seis mandados de prisão temporária foram expedidos na Operação Odontoma, da Polícia Federal de Bauru, na quinta-feira passada, dia 29 de outubro, contra supostas irregularidades na AHB (Associação Hospitalar de Bauru), por membros da direção e funcionários do Hospital de Base. A Associação Hospitalar de Bauru é conveniada ao Sistema Único de Saúde (SUS), mantenedora do Hospital de Base e da Maternidade Santa Isabel na cidade do interior paulista.Um dos pontos da investigação é o destino dado a R$ 16 milhões que a entidade recebeu em um empréstimo realizado junto à Caixa Econômica Federal (CEF). Foram detidos o presidente da AHB, Joseph Saab, o dentista Marcelo Saab, filho de Joseph, o superintendente e diretor financeiro Vladimir Scarpp, o diretor clínico Samuel Fortunato, a supervisora do serviço de apoio Maria Lúcia Lopes Saab e o conselheiro Célio Parisi. Outros 12 mandados de busca e apreensão foram cumpridos no hospital, residências e em um escritório de advocacia. As irregularidades teriam começado em setembro de 2007.A investigação teve início em fevereiro deste ano e inclui ainda detalhes da aquisição irregular de insumos hospitalares, equipamentos e medicamentos, além da origem de honorários pagos a cirurgiões-dentistas vinculados à equipe de Marcelo Saab. De acordo com a PF de Bauru, há indícios de falsificação de fichas de atendimento ambulatorial, principalmente no setor bucomaxilofacial.De acordo com o procurador federal Fabrício Carrer, a investigação vai prosseguir com a tomada de depoimentos, laudos técnicos de questões específicas hospitalares e prestação de contas.As informações devem ser compartilhadas com o Departamento Nacional de Auditoria do SUS (Denasus) e com a Secretaria de Estado da Saúde.Hábeas corpus - O juiz federal Marcelo Freiberger Zandavali deu parecer favorável no final da tarde do dia 30 de outubro, sexta-feira passada aos pedidos de habeas corpus dos acusados. Todos estão proibidos de retornar às suas funções e de entrar na instituição. O procurador federal não concorda com a decisão e analisa a possibilidade de reverter a situação.

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