terça-feira, 8 de dezembro de 2009

GENGIVA DOENTE PODE LEVAR A DIABETES DURANTE A GRAVIDEZ, DIZ ESTUDO

PORTAL DENTAL PRESS
07/12/2009
A saúde das gengivas está ligada diretamente ao bem estar e pode trazer problemas, como aumento do risco das doenças cardiovasculares, osteoporose, diabetes e doenças respiratórias. Um estudo realizado pela Universidade de Nova York demonstrou que a doença gengival pode aumentar as chances de uma gestante ficar diabética.
A diabetes gestacional acontece quando uma grávida apresenta taxas elevadas de glicose no sangue. Nessa situação existe uma dificuldade do corpo em entregar o açúcar, combustível necessário ao metabolismo adequado, para as células do corpo.
Os especialistas acompanharam mais de 250 gestantes durante os seis primeiros meses da gravidez. O acompanhamento consistia em exames de sangue com um teste de tolerância à glicose, exame específico para esse problema, além de avaliação odontológica completa. As gestantes que desenvolveram diabetes gestacional foram aquelas que apresentavam problemas nas gengivas. Quanto maior o sangramento ao escovar os dentes, maiores eram suas taxas de açúcar no sangue.
O diabetes gestacional habitualmente desaparece com o final da gravidez. Porém as mulheres que apresentaram esse problemas passam a ter um risco aumentado de desenvolver diabetes tipo 2 mais tarde durante a vida. A doença periodontal durante a gestação também está ligada à prematuridade. Essa nova evidência aumenta a importância do cuidado com a saúde da boca no início da gravidez para prevenir problemas mais tarde.

"VOZ EDUCADA, SAÚDE CUIDADA"

Capixabão

O que é a voz?
A voz é o som produzido pela vibração das pregas vocais (também conhecidas como cordas vocais), na laringe, pelo ar vindo dos pulmões.
A falta de conhecimento da importância de certos cuidados básicos para preservar a voz pode ter como conseqüência o desencadeamento de algumas doenças laríngeas como, por exemplo, edemas, nódulos, pólipos, úlceras de contato, entre outras.
O trabalho de reeducação tem como objetivo a adequação das estruturas fonoarticulatórias e a conscientização das pessoas para o uso adequado da voz.
As alterações vocais afetam a vida pessoal, social e, sobretudo, a profissional, gerando ansiedade e angústia. Por isso, com mais razão, os profissionais que utilizam a voz como seu instrumento de trabalho, muitas vezes, necessitam de um treinamento de apoio para desenvolver o seu potencial vocal.
Higiene Vocal
Beba água, regularmente, em temperatura ambiente, em pequenos goles. A água hidrata as pregas vocais;
Mantenha uma alimentação saudável e regular. Evite achocolatados e derivados do leite, principalmente quando for utilizar a voz como instrumento de trabalho, pois estes aumentam a secreção do trato vocal;
Evite café, bebidas gasosas e cigarro. Eles irritam a laringe. Além disso, o cigarro aumenta consideravelmente a chance de câncer de laringe e pulmão;
Coma uma maçã – ela é adstringente, ou seja, limpa o trato vocal e sua mastigação exercita a musculatura responsável pela articulação das palavras.
Na hora de acordar e levantar da cama espreguice e faça alongamentos para relaxar;
Durante o banho, deixe a água quente cair nos ombros, fazendo movimentos de rotação com a cabeça e ombros. Isso ajuda a diminuir a tensão do dia-a-dia;
Enquanto estiver falando, mantenha a postura do corpo sempre reta, no eixo, porém relaxada, principalmente a cabeça;

Utilize alguns horários do seu dia para descansar e relaxar, tentando poupar a sua voz;
Quando você estiver com uma rouquidão por mais de 15 dias, procure um otorrinolaringologista e/ou um profissional em fonoaudilogia.
Hábitos Prejudiciais
Evite gritar ou falar com muita intensidade: sempre que possível procure se aproximar da pessoa para conversar. Quando estiver escutando música ou assistindo TV, abaixe o volume, evite competição sonora;
Pigarrear – essa ação provoca um forte atrito nas pregas vocais, irritando-as;
Ingerir líquidos em temperaturas extremas, ou seja, muito gelado ou muito quente;
O fumo é altamente nocivo, pois a fumaça quente agride o sistema respiratório e principalmente as pregas vocais, podendo causar desde irritação, pigarro, edema, infecção. É considerado um dos principais fatores desencadeantes do câncer de laringe.;
O consumo de álcool em excesso também é prejudicial para as pregas vocais e tem efeito analgésico propiciando abusos vocais.;
Chupar balas ou pastilhas fortes quando estiver com a garganta irritada. Isso mascara o sintoma e a pessoa tende a forçar a voz sem perceber. Quando o efeito da bala passa, a irritação na garganta aumenta.
Ar condicionado – prejudica a mucosa das pregas vocais, pois o resfriamento é realizado através da redução da umidade do ar com conseqüente ressecamento do trato vocal, o que leva a pessoa a produzir a voz com maior esforço e tensão.
Evite a fala durante os exercícios físicos: qualquer exercício de esforço muscular junto com a fala irá provocar sobrecarga na musculatura da laringe;
Evite cantar de maneira inadequada ou abusiva em videokês ou fazer parte de corais sem preparo vocal.
Evite pastilhas refrescantes
antes de cantar/falar. Estas geralmente têm efeito “anestésico” e você pode cometer abuso vocal sem se dar conta;
Evite falar em demasia em quadros gripais ou em crises alérgicas, pois o tecido que reveste a laringe está inchado e o atrito das pregas vocais durante a fala passa a ser de forte agressão.
Evite falar muito após o consumo de grandes quantidades de aspirinas, calmantes e diuréticos: a aspirina provoca o aumento da circulação sangüínea na periferia das pregas vocais, com a associação do atrito de uma prega contra a outra há um aumento da fragilidade capilar. Os diuréticos e calmantes ressecam as mucosas;
Ingerir líquidos em temperaturas extremas, ou seja, muito gelado ou muito quente; alimentos e bebidas geladas também causam choque térmico, provocando muco e edema nas pregas vocais;
Evite usar roupas apertadas na altura do pescoço e na cintura, pois irá dificultar a livre movimentação da laringe e também a movimentação do diafragma;
Evite alimentos pesados e muito condimentados, pois além de provocar azia, má digestão e refluxo de secreções gástricas, dificulta também a movimentação livre do músculo diafragma, essencial para a respiração;
Ar condicionado – prejudica a mucosa das pregas vocais, pois o resfriamento é realizado através da redução da umidade do ar com conseqüente ressecamento do trato vocal, o que leva a pessoa a produzir a voz com maior esforço e tensão;
A prevenção vocal só depende da conscientização de cada pessoa, pois voz é um sinal de saúde e devemos tratá-la adequadamente.
Fonte: Drª Angela Guimarães Coelho

CUIDADOS COM SAÚDE BUCAL DURANTE A GESTAÇÃO


GUIA DENTAL

Enjôos e vômitos são frequentes no início da gravidez. Além do incômodo, podem provocar erosões ácidas ou descalcificações nas superfícies dos dentes, que poderão, no decorrer da gestação, auxiliar no desenvolvimento de doenças bucais, como a periodontite. O cuidado com a saúde bucal da mulher deve ser realizado com atenção e acompanhado periodicamente por um dentista, pois além de prejudicar a mulher, o bebê também corre risco. Estudos mostram que os focos de infecção podem aumentar as chances de um parto prematuro.
O tratamento dentário pode ser feito em qualquer época da gravidez, porém o mal estar sentido pelas mulheres tem maior incidência no primeiro trimestre da gestação. O segundo trimestre é o período ideal para começar um tratamento bucal durante o pré-natal, pois a mulher se sente mais a vontade neste período. No entanto, a avaliação odontológica, limpezas e check ups podem e devem ser realizados a qualquer momento, bem como os procedimentos de emergência.
“Cuidados com a higiene evitam que as mudanças que normalmente ocorrem durante a gestação prejudiquem a saúde bucal. O acúmulo de placa bacteriana nos dentes é responsável pelo aumento da suscetibilidade a cárie e gengivites (doenças periodontais)”, afirma o professor e dentista do Hospital e Maternidade Interlagos, Francisco Barata Ribeiro.
Além das mudanças naturais que acontecem com o corpo da mulher, a ingestão de alimentos cariogênicos, como doces em geral, entre as refeições, aumenta a incidência de problemas orais.
} Cuidados simples com a higiene auxiliam no tratamento, que deve ser sempre receitado por um dentista. Além disso, a substituição de doces por frutas e vegetais na alimentação evitam o aparecimento de doenças e contribuem para a saúde geral da mulher e formação do bebê.
Dicas simples de higiene bucal durante a gravidez:
Escovação dos dentes após as refeições;
Uso de fio dental;
Uso de enxaguatório bucal, que ajudam na diminuição de bactérias;
Ingestão de alimentos balanceados, de preferência que contenham vitamina B e cálcio;
Evitar ingestão de alimentos com alto índice de carboidratos, preferir frutas e vegetais;
Consultar regularmente o seu dentista

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

EXTRAÇÃO DENTÁRIA COMPROMETE A MEMÓRIA, DIZ ESTUDO

CAPIXABÃO

Toda vez que um dentista extrai um dente, ele pode estar "arrancando" também parte da memória do paciente, revelou um estudo sueco que será apresentado em Estocolmo nesta sexta-feira."Os dentes parecem ter uma importância enorme para a nossa memória", afirma Jan Bergdahl, dentista, professor associado da faculdade de psicologia da Universidade de Umeaa, no norte da Suécia, e um dos autores do estudo.Parte de uma pesquisa mais ampla sobre a memória chamada Betulastudien, o estudo acompanhou 1.962 pessoas com idades entre 35 e 90 anos desde 1988, comparando a memória daqueles que tinham todos dentes e a dos que os extraíram e passaram a usar dentaduras."As pessoas que não tinham dentes tiveram sua memória claramente afetada em comparação com aqueles que tinham", disse Bergdahl.Recentes estudos realizados com ratos no Japão também evidenciaram relação entre os dentes e a memória. Mas, de acordo com Bergdahl, este é o primeiro estudo em larga escala em humanos que claramente estabelece uma relação entre os dois pontos.A pesquisa sueca ainda precisa revelar o impacto da extração de um único dente na memória humana. Segundo Bergdahl, os pesquisadores planejam descobrir quantos dentes uma pessoa precisa perder antes que afete sua memória. "Nós também vamos investigar como a decadência do dente afeta a perda da memória e que influência têm os implantes dentários", disse o pesquisador.Ele insistiu, no entanto, que não espera que estudos futuros revelem que os implantes melhoram a memória."Eu não acho que seja provável. Testes em animais mostraram que a extração de dentes rompe nervos conectados ao cérebro", disse Bergdahl, afirmando que o estudo sueco poderá mudar dramaticamente o cuidado futuro com os dentes dos idosos."Devemos pensar duas vezes antes de arrancar dentes que apresentam problemas", afirmou.fonte: France Presse , em Estocolmo (Suécia);

PLANTAS NATIVAS PREVINEM CÁRIES

GUIA DENTAL

Pesquisas de diferentes universidades descobrem em plantas nativas do Brasil a capacidade de evitar o desenvolvimento de cáries e placas nos dentes, o que tem levado à produção de novas alternativas de enxaguantes bucais, produtos que têm o uso cada vez mais difundido entre os brasileiros, mas que, com o uso indevido, podem causar problemas como o aparecimento de manchas e até mesmo intoxicação.Um desses estudos foi desenvolvido na Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto, ligada à Universidade de São Paulo (USP), onde os cientistas criaram um antisséptico bucal feito a partir da espécie Baccharis dracunculifolia, popularmente conhecida como alecrim-do-campo ou vassourinha. A planta apresenta várias características que conferem ao produto algumas vantagens em relação às marcas disponíveis atualmente no mercado, como sabor menos forte, baixa toxicidade e ausência de efeitos como adormecimento da língua e ardência na boca. A invenção teve a patente registrada no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (Inpi) e está pronta para ser produzida em escala industrial.De acordo com um dos responsáveis pelo projeto, o farmacêutico Mateus Freire Leite, que desenvolveu o enxaguante em sua pesquisa de doutorado e atualmente é professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), o produto tem a vantagem de ser totalmente natural. “Desenvolvemos algo inovador. O enxaguatório bucal apresentou baixa toxicidade e mostrou-se ativo contra o Streptococcus mutans, um dos principais microrganismos responsáveis pela formação das cáries”, revela.Um dos problemas dos líquidos para esse fim disponíveis no mercado está no fato de que seu uso diário e prolongado pode causar manchas nos dentes. De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Odontologia (ABO), Norberto Francisco Lubiana, o uso do produto deve ser controlado. “Existe uma série de problemas relacionados ao seu uso indiscriminado, desde reações alérgicas a danos às mucosas bucais. Assim, o paciente deve sempre pedir a orientação de um dentista na hora de optar pelo uso do produto”, explica.Problemas que, segundo Leite, não ocorrem com o uso do alecrim-do-campo. “Trata-se de uma substância que não possui toxinas, além de atenuar os problemas da halitose (mau hálito)”, conta. “O produto passou também por análise sensorial, apresentando sabor agradável, com refrescância, sem provocar ardor ou sensações de dormência na língua”, completa. Para o pesquisador, essa característica pode facilitar o uso por parte das crianças.AmazôniaOutra pesquisa que promete melhorar a qualidade dos antissépticos bucais vem da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da USP em Piracicaba, e da Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP), ligada à Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Um estudo das duas entidades — que contou ainda com pesquisadores da Universidade Federal de Alfenas (Unifal) e da University of Rochester (EUA) — concluiu que uma planta conhecida como bacupari, abundante na Amazônia, também pode resultar, no futuro, em um líquido que ajude no combate às cáries.Os cientistas descobriram que a planta é rica em uma substância denominada 7-epiclusianona, que impede o crescimento de bactérias que atacam os dentes. Segundo o professor da Unifal Marcelo dos Santos, a resistência dos frutos de bacupari à ação de agentes externos, mesmo depois de caírem das árvores, foi um dos sinais que levaram os cientistas a estudarem melhor a planta. “A fruta fica conservada um bom tempo depois de cair no chão. Isso pode indicar substâncias antibacterianas na casca”, explica. “Há também relatos de pessoas que usam o extrato do fruto para tratar a afta”, completa.Testes laboratoriais em ratos comprovaram que a 7-epiclusianona é capaz de evitar o desenvolvimento de bactérias bucais. Uma das vantagens da planta está na alta concentração da substância. Segundo Santos, a maioria das substâncias que pode virar remédio está em baixíssimas concentrações nas plantas — média de 50mg para cada quilo da planta seca. “Em muitos casos, isso inviabiliza o uso direto como fármacos. Mas, no bacupari, essa quantidade é pelo menos 500 vezes maior”, comemora.Para saber maisUso deve ser moderadoOs antissépticos bucais são produtos auxiliares à escovação que previnem problemas como cáries, infecções nas gengivas e na língua e formação de placas e tártaro. No entanto, a alta concentração de substâncias corrosivas e álcool pode prejudicar a flora e a mucosa bucais, além de afetar o esmalte dos dentes e causar o surgimento de manchas.Segundo o presidente da Associação Brasileira de Odontologia (ABO), Norberto Francisco Lubiana, seu uso não deve ser diário. “A menos que seja um paciente que acabou de passar por uma cirurgia bucal e por isso não consegue passar a escova em algumas áreas da boca, o seu uso deve ser no máximo em dias alternados”, explica.Outro alerta dos dentistas é quanto a não utilizar esses produtos em substituição à escovação e ao uso do fio dental nem no tratamento de mau hálito. “Eles devem ser usados para a obtenção de uma proteção extra, jamais para substituir o uso da escova. Em casos de mau hálito, ele oferece apenas um efeito refrescante imediato, já que não limpa totalmente a boca, deixando restos de alimentos que causam o cheiro desagradável e as cáries”, completa Lubiana.

CIRURGIAS ODONTOLÓGICAS COM ULTRA-SOM

CIRURGIAS ODONTOLÓGICAS COM ULTRA-SOM

DENTISTRY

A cirurgia óssea piezo-elétrica está indicada nos casos de extrações dentárias, cirurgias de enxerto ósseo para a reconstrução dos tecidos perdidos, plastias ósseas, remoção e enucleação de cistos, implantes, e em outras técnicas Estamos numa era da odontologia que busca prevenir as doenças, e/ou tratá-las da forma menos invasiva possível. Hoje, pensa-se muito no conforto do paciente e do profissional, e na devolução da função, da saúde e da estética do sorriso através de técnicas cada vez mais práticas, simples e previsíveis, devidamente fundamentadas no universo científico. Dentro desse contexto moderno, surge a cirurgia óssea piezo-elétrica como uma alternativa interessante às cirurgias odontológicas tradicionais – realizadas com instrumentos rotatórios (brocas) ou cortantes. Esse tipo de cirurgia emprega a vibração ultrasônica para promover as modificações necessárias em osso ou gengiva.A cirurgia óssea piezo-elétrica está indicada nos casos de extrações dentárias (incluindo os dentes do ciso), cirurgias de enxerto ósseo para a reconstrução dos tecidos perdidos, plastias ósseas, remoção e enucleação de cistos, implantes, e em outras técnicas específicas.Um aparelho piezo-elétrico nada mais é do que um aparelho de ultra-som, daqueles utilizados em sessões de profilaxia e remoção de tártaro, que produz uma vibração específica (ultra-sônica) na ponta do aparelho, capaz de cortar o osso. Esses instrumentais começaram a ser empregados em cirurgias ortopédicas, e, em 2002, foi fabricado na Alemanha o primeiro aparelho piezo-elétrico específico para odontologia (PiezoSurgery, Mectron). A voltagem e a freqüência do aparelho capacitam-no apenas ao corte seletivo do osso, preservando os tecidos moles e duros adjacentes (gengiva, bochecha, lábos, raízes dos dentes, nervos). Essa característica é de extrema importância nas cirurgias odontológicas realizadas próximas ao nervo mandibular (alveolar inferior), ou ao assoalho do seio maxilar, ou a qualquer estrutura anatômica que deva ser preservada.Adicionalmente, a vibração ultrasônica da ponta ativa do aparelho (osteótomo) promove um efeito cavitacional, que é potencializado pelo spray de soro fisológico utilizado para irrigar e resfriar a região da incisão óssea. Essa irrigação gera um campo cirúrgico limpo (livre de sangue), de fácil visualização e isento do risco de necrose do osso por aquecimento. As brocas, tradicionalmente empregadas nesse tipo de cirurgia, podem gerar queimaduras ósseas seguidas de necrose, e comprometer o resultado da cirurgia. Além disso, as cirurgias convencionais geram muito desconforto ao paciente. Durante a cirurgia, o uso de brocas e cinzéis cortantes é percebido negativamente pelo paciente em função do barulho, da pressão e da vibração exercida pelo instrumental e pelo próprio profissional. O osteótomo piezoelétrico reduz significativamente o barulho, a vibração, a pressão, o aquecimento, e o desconforto pós-operatório. Alguns estudos clínicos demonstram que a recuperação do paciente é muito mais tranqüila após uma cirurgia piezo-elétrica, porque a cicatrização óssea é acelerada e a ausência de aquecimento diminui a possibilidade de ocorrerem edemas.Entretanto, toda técnica tem suas limitações. O ultra-som piezoelétrico específico para fins cirúrgicos tem custo elevado, exige uma curva de aprendizado (como todas as técnicas cirúrgicas) e não otimiza o tempo da cirurgia, que geralmente é mais demorada.Independentemente disso, a cirurgia óssea piezo-elétrica, tanto na medicina quanto na odontologia, surgiu para facilitar a prática clínica e melhorar o conforto trans e pós-cirúrgico do paciente. Mais estudos se fazem necessários para desvendar porque a cicatrização óssea torna-se acelerada, e de que forma essa técnica pode contrubuir ainda mais para a odontologia moderna.Dr. Maristela Maia Lobo

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

PIERCING NA LÍNGUA PODE LEVAR AO CÂNCER

PORTAL DENTAL PRESS

Se levarmos em consideração que a língua é formada por um músculo, com nervos e vasossanguíneos, torna-se óbvio que a sua perfuração trará conseqüências ao indivíduo. Sendo a cavidade bucal um ambiente úmido, com temperatura relativamente constante e que abriga mais de 300 espécies de bactérias, fungos e vírus, o resultado de qualquer ferida mais profunda será agravado por essas condições", explica o cirurgião-dentista especializado em estética Caio Racy.O especialista lista os principais problemas que podem ser enfrentados por quem opta pelo piercing na língua:- Fratura dental- Retração e destruição gengival- Úlcera traumática: lesão dolorosa que tem como principal exemplo a afta;- Granuloma piogênico: tumor vascular benigno que sangra facilmente;- Leucoplasia: mancha ou placa esbranquiçada aderida à superfície da língua, potencialmente cancerizável;- Papiloma: tumor epitelial benigno na forma de verruga;- Displasia epitelial: alteração da camada que recobre a língua;Fibroma: tumor benigno do tecido conjuntivo.Além disso, muito se fala do potencial carcinogênico do trauma na mucosa bucal. Já se sabe que o câncer bucal é uma doença multifatorial e que o trauma está presente em vários casos. Portanto, não se pode descartar nem afirmar a existência dessa associação. "Vale lembrar que hábitos nocivos, como o uso de álcool e fumo, aumentam a incidência desses malefícios", alerta o dentista.É importante salientar que essas conseqüências independem das condições de higiene em que são colocados os piercings. "Elas podem ocorrer mesmo que os piercings sejam colocados em locais que seguem rigorosas normas sanitárias. Portanto, os jovens devem ser orientados no sentido de não utilizarem esse adorno em razão de suas implicações já conhecidas", diz o dentista.