quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

PACIENTE VAI PODER FINANCIAR TRATAMENTO NO DENTISTA

ASSPREVISITE / JORNAL DA TARDE - Por Paulo Justus

Parceria entre sindicato dos dentistas e financeira vai permitir o pagamento dos procedimentos odontológicos em até 36 vezes a partir do ano que vem. Aposentados terão a opção do crédito consignado, com taxas de juros menoresA facilidade do crédito deve deixar muita gente de boca aberta no ano que vem. A partir de janeiro, os 60 mil dentistas do Estado de São Paulo vão ter a oportunidade de financiar o tratamento de seus pacientes em até 36 meses, com a parceria entre o Sindicato dos Odontologistas do Estado de São Paulo (Soesp) e a financeira OdontoFin. Com isso, os profissionais esperam ampliar o número de clientes atendidos nos consultórios e permitir que mais pessoas tenham acesso a tratamentos complexos que ainda não são cobertos pelos planos de saúde odontológicos.Os detalhes dos financiamentos ainda vão ser acertados até o lançamento oficial da parceria, marcado para 14 de dezembro. De acordo com o Soesp, será possível parcelar os pagamentos em até seis vezes com desconto direto em folha de pagamento para as empresas, associações ou sindicatos que tenham convênio com a Caixa Econômica Federal. Para financiamentos mais longos, a OdontoFin vai intermediar a modalidade de Crédito Direto ao Consumidor em até 36 meses. Para aposentados, a financeira vai operar na modalidade de crédito consignado, com juros menores. “Normalmente os procedimentos odontológicos financiados custam R$ 1,5 mil”, diz Gil Fonseca Barison, sócio da OdontoFin.Para o dentista Dirceu Vieira, a possibilidade de financiamento vai possibilitar que tratamentos que antes eram feitos em partes, por causa do alto custo, sejam feitos de uma vez só. “É comum que os pacientes não façam os tratamentos grandes de uma vez, por causa da parte financeira”, diz. Os procedimentos mais caros, segundo ele, chegam a custar o mesmo que um carro popular.Outra vantagem para os pacientes é ter mais condições para pagar alguns procedimentos não cobertos pelos planos odontológicos. “A grande maioria dos planos não cobre restaurações com placas de porcelana, por exemplo, nem coroas estéticas que não usam metal”, diz Vieira.Para o presidente do sindicato, Pedro Petrere, a modalidade de financiamento vai possibilitar também ao dentista que aumente a proporção de clientes particulares. “Assim ele pode obter uma renda melhor, já que os planos odontológicos estão pagando cada vez menos”, diz.O financiamento terceirizado retira do dentista os riscos em cima do calote dos clientes e também o desgaste que a cobrança causa. “Quando exercida de forma veemente, a cobrança pode afastar clientes e parentes deles”, diz Barison, da OdontoFin. Para a dentista Hideko Oda, o convênio resolve um problema de gestão comum a vários consultórios. “O dentista é um profissional técnico, que normalmente não aprende a gerir uma empresa”, diz ela.Com o aumento da renda da população, a procura por tratamento odontológico tem crescido rapidamente nos últimos anos. Dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) mostram que a receita das operadoras exclusivas de planos odontológicos foi de R$ 1,2 bilhão em 2008, um crescimento de 8,3% em relação a 2007. Parte desse crescimento se deve justamente à dificuldade de se pagar um dentista particular, de acordo com o presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Odontologia de Grupo (Sinog), Carlos Squillaci. “O brasileiro não tem condição de pagar um dentista particular, então paga o plano”, diz. Segundo ele, o baixo valor dos planos, em torno de R$ 10 e R$ 15 é o que mais estimula o crescimento do setor.Squillaci acredita que os planos de saúde odontológicos não devem sofrer concorrência do sistema de financiamento que será oferecido pelo sindicato. “Não creio que os dentistas achem que os preços pagos são baixos, até porque 60% dos dentistas do País são credenciados a algum tipo de plano”, informa. Ele acrescenta que os pacientes devem tomar cuidado caso os financiamentos sejam vendidos como planos de saúde.O diretor de normas e habilitações de operadoras da ANS, Alfredo Cardoso, diz que o financiamento odontológico, caso seja destinado a parcelar um tratamento específico é permitido. “O dentista é um profissional liberal que pode oferecer o financiamento ao consumidor”, diz.

2 comentários:

  1. Dados importantes :

    \60% dos dentistas brasileiros atendem pelo menos um plano odontologico.

    Gil Barison em uma financeira ?

    Sindicato dos dentistas tao duramente criticado nestes ultimos tempos ,pode ser a solucao para alguns profissionais ?

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  2. Boa noticia para população de baixa renda , que poderá ter acesso a tratamentos mais eficases.

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