sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

TECNOLOGIA NOS CONSULTÓRIOS ODONTOLÓGICOS


PORTAL DENTAL PRESS

A tecnologia chegou aos consultórios odontológicos e já é uma das principais aliadas dos cirurgiões-dentistas na hora de elaborar tratamentos ou planejar cirurgias. O uso de imagens geradas por Tomografia Computadorizada (TC) ganha o espaço das radiografias e fornece material capaz de gerar modelos tridimensionais em tamanho real dos dentes, ossos e estruturas associadas.O uso da tomografia para a confecção de protótipos é uma inovação na Ortodontia trazida pelo doutor Jorge Faber. Ele explica que a técnica já é conhecida da medicina, mas na odontologia o método ainda é novo. “Ainda há muita resistência por parte dos profissionais, já que a técnica exige amplo conhecimento em informática e muitos não têm este treinamento”, avalia.Faber ressalta a qualidade dos protótipos confeccionados a partir de imagens de Tomografia Computadorizada. “A reprodução das imagens da tomografia nos modelos de prototipagem, em resina, tem distorção mínima. A semelhança ao corpo do paciente é de 99%”, ressalta. A qualidade é tamanha que até outras deficiências ou disfunções na região da face podem ser observadas. “Em um destes processos, diagnosticamos um tumor na mandíbula de uma paciente”, conta o ortodontista.Os modelos de protótipos ajudam na comunicação com o paciente. “Com o protótipo fica mais fácil explicar como será o procedimento”, conta o ortodontista Jorge Faber. Além disso, é possível planejar cirurgias ortognáticas, por exemplo. Com o tratamento individualizado, o tempo do procedimento é reduzido em até 50%. “A rapidez no processo cirúrgico influencia o pós-operatório, que passa a ser menos incômodo e com menos riscos de infecções”, conclui.O uso de protótipos para diagnóstico otimiza o planejamento de tratamentos ortodônticos, com modelos capazes de eliminar a imagem do osso. No caso de dentes inclusos, que atingem 2,2% da população mundial, o protótipo indica ao dentista a exata posição do dente e o seu relacionamento com o osso e com outros dentes.A prototipagem permite criar acessórios e dispositivos de ancoragem esquelética individualizados de acordo com a necessidade de cada paciente e seguindo a sua anatomia. O tracionamento ou avanço da maxila, por exemplo, pode ser realizado por um processo alternativo com ancoragem esquelética, confeccionando-se placas específicas a partir dos protótipos. “Com estas pequenas placas, os impactos em outros dentes são diminuídos”, conta Faber.TécnicaPara chegar ao modelo final, em resina, o processo passa por algumas fases. Primeiro, o paciente faz a TC e, com auxílio de um programa de computador, as imagens geradas em cortes axiais de 1mm são sobrepostas, formando um modelo tridimensional virtual. Então, é possível selecionar as áreas desejadas para impressão pela densidade do tecido. “Conseguimos excluir todo o tecido mole, ficando apenas os ossos e os dentes”, explica o Dr. Faber.A impressão da imagem em três dimensões é possível graças à técnica israelense de estereolitografia, que imprime peças sólidas em resina a partir de imagens tridimensionais geradas por computador. O material é translúcido, o que facilita a visualização das estruturas anatômicas. “Pela transparência do material conseguimos ver o limite dente-osso”, conta o dentista. A confecção dos modelos é rápida, e leva cerca de 10 dias para ficar pronta.

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